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homem que carregou a cruz juntamente com Jesus Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Simão de Cirene, também referido como Simão Cireneu, é um personagem bíblico descrito nos Evangelhos sinópticos. Ele teria sido obrigado pelos soldados romanos a carregar a cruz de Jesus até o Gólgota; lugar onde deveria ser crucificado.
Simão de Cirene | |
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Vitral do século XVI representando Simão de Cirene carregando a cruz, Igreja de São Pedro em Limours, França | |
Portador da Cruz | |
Nascimento | Provavelmente no Século I a.C. Cirene |
Morte | Século I d.C. |
Veneração por | Tradicionalmente pela Igreja Ortodoxa e Comunhão Anglicana |
Principal templo | Capela de Simão de Cirene, Jerusalém, Israel[1] |
Festa litúrgica | 27 de fevereiro ou 1 de dezembro |
Atribuições | Carregando a cruz ao lado do Cristo na Via Dolorosa |
Portal dos Santos |
Era pai de Alexandre e Rufo (São Marcos 15:21) e levou a cruz por ordem dos soldados romanos (São Mateus 27:32) até o lugar chamado «Gólgota» (São Mateus 27:33 e São Marcos 15:22) que hoje muitos chamam de «Calvário».
De acordo com os evangelistas Marcos e Lucas, Simão era oriundo de Cirene, nome de uma região do Norte de África que hoje se situa na Líbia; um erro comum de quem relata sobre esse personagem é pensar que se tratava de um nome, pois não era sobrenome do mesmo, mas o local de sua origem. Estes dois evangelistas afirmam que Simão "passava, vindo do campo" (Marcos 15:21; Lucas 23:26), o que pode significar que ele vinha naquele instante diretamente de Cirene para a celebração da Páscoa judaica (em Cirene existia uma importante comunidade judaica) ou talvez vinha da área rural de Jerusalém (Atos 2:10).
O Evangelho de Marcos refere que Simão era pai de Alexandre e Rufo, o que pode indicar que era o progenitor de dois convertidos ao cristianismo conhecidos pelos leitores na altura em que este evangelho foi escrito. Segundo a Bíblia, em Romanos 16:13, o Apóstolo Paulo cita um certo Rufo e sua mãe.
Na interpretação do Evangelho de João não se refere ao episódio de Simão, contrariando a ideia de que Jesus teria carregado sozinho a cruz até ao Gólgota. É precisamente esta a visão islâmica sobre a vida de Jesus (Isa): este não morreu na cruz, tendo sido levado para o céu por Deus; Simão de Cirene (ou Judas Iscariotes) morreu no seu lugar.[carece de fontes]
O constrangimento de carregar a cruz imposto pelos soldados romanos faz surgir um paralelo entre esse Simão de Cirene e Simão Pedro, que teria se vangloriado que seguiria Jesus até a prisão e até a morte (Lucas 22:33) quando na verdade o negou, enquanto um anônimo Simão, de origem desconhecida, nada tendo dito em favor de Jesus, tocou em algo "impuro" para os judeus - o sangue de Jesus - durante o período de uma festa religiosa.
Segundo a tradição, após ajudar Jesus a carregar a cruz, Simão volta pra Cirene e conta o acontecido para sua família. Rufo, que foi um jovem rejeitado pelo Sinédrio da época, após seu pai contar todo o ocorrido, como este conhecia um pouco a Torá dos judeus, ele identifica que o homem que seu pai ajudou a carregar a cruz, era o Messias; sendo assim uma das primeiras famílias gentias evangelizadas após a crucificação.
Por vezes, Simão de Cirene é identificado com "Simão que tinha por sobrenome Niger" (em latim: Niger - "negro") de Atos 13:1.
Simão de Cirene é tradicionalmente considerado santo nas tradições cristãs orientais, como pela Igreja Ortodoxa Grega, uma vez que seu culto nunca foi oficializado. Particularmente, sua atitude de ajudar o Cristo a levar a cruz gerou inúmeros sermões elogiando sua atitude.[2] Simão é considerado como o primeiro santo africano.[3]
Na Comunhão Anglicana, Simão de Cirene também é venerado como santo, havendo um paróquia erguida em seu nome.[4][5]
Simão de Cirene é comemorado na ortodoxia em 27 de fevereiro.[6] Algumas tradições cristãs também o celebram em 1 de dezembro.[7][8]
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