Língua servo-croata
língua eslava meridional / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A língua servo-croata é uma língua eslava falada principalmente na Sérvia, em Montenegro, na Croácia e na Bósnia e Herzegovina por 21 milhões de pessoas. Seus códigos ISO 639 são sh, scr e scc. É uma língua pluricêntrica com vários centros, cada um fornecendo uma variedade nacional, com pelo menos algumas das suas próprias normas (codificadas).[1]
Servo-croata | ||
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Falado(a) em: | Sérvia, Montenegro, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Albânia, Áustria, Hungria, Itália, Romênia, Rússia, Eslovênia, Turquia, Macedônia do Norte. | |
Total de falantes: | 21 milhões | |
Família: | Indo-europeia Eslava Eslava meridional Ocidental Servo-croata | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | sh (depreciado) | |
ISO 639-2: | scr, scc (B) | hrv, srp, bos (T) |
ISO 639-3: | hbs
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A antiga Iugoslávia era um verdadeiro caldeirão de misturas: dois alfabetos, três línguas oficiais, três religiões predominantes, quatro etnias e seis repúblicas. Com sua dissolução se produziu uma simplificação notável no sentido de que cada nova entidade se identificou com um Estado determinado, seja, Sérvia, Croácia, Bósnia e Herzegovina ou Macedônia do Norte. Apesar de tudo, as dificuldades em todos os níveis nesta região dos Bálcãs persistem, inclusive no aspecto linguístico.
A Sérvia entrou num período de estagnação após a derrota sofrida ante os invasores turcos-otomanos em 1389 e só a Igreja Ortodoxa manteve a aprendizagem da literatura viva. A língua da Igreja e a ortografia baseada no alfabeto cirílico influíram notavelmente nos escritos seculares, tanto na Sérvia, dominada Império Otomano, quanto na Voivodina, pelo Reino da Hungria.
A partir de 1700, ambas as nações entram na esfera do Império Austro-Húngaro, originando-se uma literatura um tanto ambígua em suas normas e inteligível somente para os que conheciam a língua da Igreja. Enquanto isso, os croatas, ligados administrativamente e pela religião católica com os países europeus a norte e a oeste, cultivaram a literatura em línguas vizinhas e em sua própria. Os escritores da costa do Adriático utilizaram o latim e o italiano assim como os dialetos de Dubrovnik e Split; enquanto os que viviam no norte da Croácia usavam o alemão, o húngaro, o latim e seus dialetos locais. A ortografia era principalmente latina, traduzindo os sons não latinos por meio do húngaro ou de convencionalismos gráficos semi-italianos. Como na Croácia se manifestam as maiores diferenças dialetais de todo o território do servo-croata, há grandes diferenças entre o escrito em Zagreb ou Varazdin no norte e o escrito na costa do Adriático.
Não obstante os croatas também têm uma tradição da Igreja Eslava, pois as regiões costeiras e insulares mantiveram a liturgia, contra a vontade da hierarquia, em textos eslavos escritos em alfabeto glagolítico, prática mantida na ilha de Krk. O glagolítico serviu também como veículo secular e os croatas desenvolveram caracteres de forma e cursivos peculiares.