Saarauís
pessoas que vivem no deserto do Saara ocidental / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Os saarauís,[3][4] saaráuis, [5] sarauís,[6] ou saráuis [7] (também sarauitas[8] ou sarauítas[9]) constituem um povo autóctones do Saara Ocidental.
Saarauís ou saaráuis الصحراويون | |||
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Bandeira da República Árabe Saaraui Democrática | |||
Saharaui com seu camelo, no campo de refugiados de Dakhla, província de Tindouf (Argélia). | |||
População total | |||
250 000 pessoas | |||
Regiões com população significativa | |||
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Línguas | |||
árabe hassani,[1] espanhol, marroquino[2] | |||
Religiões | |||
islamismo[1][2] | |||
Etnia | |||
Árabes Berberes[1] |
O termo 'saarauí' (ou 'saráui') vem do árabe الصحراويون, transliterado al-ṣaḥrāwī ou al-ṣaḥrāwi, que significa "povo do deserto" ("ou povo do Saara").
O Saara Ocidental oficialmente é território não governado e, embora esteja sob a custódia da Organização das Nações Unidas,[2] está ocupado militarmente pelo Marrocos, na sua quase totalidade, desde 1976, desde que a antiga potência colonial, Espanha, ao se retirar, cedeu o território ao Marrocos e à Mauritânia. A maioria dos indivíduos dessa etnia habita na parte do Saara ocupado por Marrocos e nos acampamentos de refugiados, em Tindouf, na Argélia. O restante encontra-se disperso pelo mundo, principalmente na Espanha, França, Mauritânia e Mali. Os saarauis falam hassani, uma forma dialetal derivada do árabe clássico .
O território tem fronteiras terrestres com Marrocos, Argélia e Mauritânia, sendo banhado pelo Oceano Atlântico, a oeste. Na região encontra-se uma das maiores reservas mundiais de fosfatos,[10][11] cuja extração é controlada pela estatal marroquina Office Chérifien des Phosphates (OCP), controlada por Mohammed VI, rei do Marrocos.[12] Além disso, a região conta com reservas de minério de ferro [2] e especula-se sobre a existência de reservas de petróleo e gás natural. Sua costa é particularmente rica em recursos pesqueiros.[13]
Estima-se que a população saaráui esteja em torno de 250 000 pessoas (em 1974 seriam cerca de 70 000), das quais aproximadamente 175 000 vivem, desde 1975, nos campos de refugiados de Tindouf, onde formaram a República Árabe Saaraui Democrática (RASD, também conhecida como República Saarauí), estando divididos em quatro assentamentos (vilaietes) que são a base da Frente Polisário. São assistidos pela ONU, por meio do Programa Mundial de Alimentos (PMA), dada a escassez de água e alimentos, na região.[14][15][16]