Mausoléu de Constança
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Mausoléu de Santa Constança (em italiano: Mausoleo di Santa Costanza) ou Igreja de Santa Constança, conhecido simplesmente como Santa Costanza, é uma igreja de Roma, Itália, construída no século IV na Via Nomentana, que deixa a cidade em direção nordeste. Acredita-se tradicionalmente que tenha sido construída durante o reinado do imperador romano Constantino, o Grande (r. 306–337) para ser um mausoléu para sua filha Constantina (chamada também de Constância; em italiano: Costanza), que morreu em 354.[1] Sua outra filha, Helena, que morreu em 360, também foi sepultada lá. Na Idade Média, o edifício foi dedicado como igreja a Santa Constança ("Santa Costanza").[2] O mausoléu foi construído e está relacionado com a basílica vizinha, também do século IV, Sant'Agnese (dedicada a Santa Inês).[3] Ambos foram construídos sobre as catacumbas mais antigas onde se acredita que a própria Santa Inês tenha sido enterrada.
Mausoléu de Santa Constança Santa Costanza | |
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Fachada | |
Estilo dominante | Paleocristão |
Início da construção | 330 |
Fim da construção | 350 |
Religião | Igreja Católica |
Diocese | Diocese de Roma |
Ano de consagração | 1254 |
Website | |
Geografia | |
País | Itália |
Região | Roma |
Coordenadas | 41° 55' 21" N 12° 31' 03" E |
O edifício em si tem uma planta circular com um deambulatório à volta de uma cúpula central assentada sobre antigas colunas. Atualmente, este formato continua essencialmente o mesmo. Apesar da perda das pedras coloridas que cobriam as paredes, de alguns danos aos mosaicos e de uma reforma/restauro inepta/o, o edifício está em excelentes condições, destacando-se com um dos principais exemplos da arquitetura paleocristã. As abóbadas de duas das três absides e do deambulatório estão decorados por mosaicos romanos antigos bem preservados. Um componente chave que está faltando e era parte da decoração original é o mosaico do interior da cúpula. Felizmente, algumas aquarelas foram pintadas no século XVI sobre ele e, por isso, o esquema decorativo original completo pode ser reconstituído.[4] O grande sarcófago de pórfiro de Constantina sobreviveu intacto e está hoje nos Museus Vaticanos e é um dos mais importantes objetos do tipo ainda existentes.[4]
Escavações recentes sugerem que o mausoléu é, na realidade, o segundo edifício cristão construído no local e sua construção pode ser de algumas décadas depois do que se acreditava. Ele teria sido construído como mausoléu para Helena, a irmã de Constantina, durante o reinado do marido dela, Juliano, o Apóstata (r. 361–363). O maior dos dois grandes sarcófagos de pórfiro seria para Helena e o menor, para Constantina, exatamente o oposto do que se acreditava. O antigo edifício de três absides da década de 330 de fato teria sido construído de fato para Constantina, mas sua importância depois foi diminuída em relação a Helena, que era esposa do imperador. Na Idade Média, com a fama de Constantina como santa, os papeis e a importância relativa das irmãs se inverteram.