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Salão dos Reinos
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O Salão dos Reinos (Salón de Reinos em castelhano), ou salão grande, foi o verdadeiro eixo representativo do antigo Palácio do Bom Retiro, construído entre 1630 e 1635,[1] e que abrigava grandes pinturas, quase todas conservadas atualmente no Museu do Prado. O salão deve seu nome ao facto de que nele estavam pintados os escudos dos vinte e quatro reinos que formavam a Monarquia Católica em tempos de Filipe IV. Durante anos a sua denominação mais popular foi a de Museu do Exército, por o ter acolhido até 2005, altura em que se iniciou a deslocalização do Museu para o Alcázar de Toledo.[2] Juntamente com o Casón del Buen Retiro, o edifício que abriga o Salão dos Reinos é o único remanescente arquitetónico que subsiste do grande conjunto palaciano. Desde outubro de 2015 que se encontra sob gestão do Prado, tendo sido decidida a sua reforma e a reabertura como sala de exposições. A estimativa inicial era ser aberto novamente coincidindo com o Bicentenário do museu em 2019 mas, ao ser escolhido o projeto dos arquitetos Norman Foster e Carlos Rubio em novembro de 2016, foi elaborado um calendário mais realista e espaçado.[3]
Salão dos Reinos | |
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Tipo | edifício de museu, salão |
Administração | |
Proprietário(a) | Museu do Prado |
Geografia | |
Coordenadas | 40° 24' 56.999" N 3° 41' 26.002" O |
Localização | Madrid - Espanha |
Patrimônio | Bem de Interesse Cultural |
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Inicialmente em 1630 o Salão foi concebida como um palco em que os reis pudessem assistir às funções teatrais, que eram realizados no pátio, mas quando se optou por erigir o Bom Retiro, um verdadeiro palácio foi adicionado a essa função cerimonial. Nunca deixou de cumprir a sua função estival, sendo utilizado em espetáculos e saraus, e era percorrido por uma varanda a partir da qual se podia observar os festejos de cima. Mas como salão do trono que também era, tinha a missão adicional de impressionar embaixadores e membros ilustres de outras cortes europeias que visitavam o palácio, pelo que se procurou que a decoração fosse a mais sumptuosa de todo o complexo palaciano. Bem iluminado por várias janelas, e entre elas mesas de jaspe com leões de prata, o teto foi revestido de frescos. Além disso, tornou-se o local das paredes e a decoração pictórica, cheio de simbolismo político cujo objetivo era a exaltação do rei Filipe IV. Não se encontra documentação indicando autor do programa decorativo e iconográfico do salão, mas não há dúvida de que o máximo responsável deveria ser o Conde-Duque de Olivares, impulsionador do projeto, contando com Jerónimo de Villanueva, que presenteou os leões e efetuou os pagamentos. Teve ainda o apoio intelectual de Francisco de Rioja e os pintores mais próximos ao monarca e seu valido, João Batista Maíno e Diego Velázquez.[4]