Reinos hauçás
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Reinos hauçás[1] foram um conjunto de cidades-Estado independentes iniciado pelos Hauçás situadas entre os rio Níger e lago Chade (atualmente norte da Nigéria). Ficavam entre os reinos do Sudão Ocidental da Antiga Gana e Mali, e os reinos do Sudão Oriental de Canem-Bornu. Tomaram forma como uma região política e cultural durante o primeiro milênio EC como resultado da expansão para o oeste dos Hauçás, que chegaram a região quando o terreno estava se transformando de floresta em savana, e começaram a cultivar grãos, o que resultou em uma população camponesa mais densa. Os Hauçás eram conhecidos pela pesca, caça, agricultura, mineração de sal e ferraria. Os reinos hauçás tinham linguagem, leis e costumes comuns.
No século XIV, Cano havia se tornado a cidade-estado mais poderosa e se tornou a base do comércio transaariano de sal, tecido, couro e grãos. A história oral do Hauçás é refletida na lenda de Baiajida, que descreve as aventuras do herói de Bagdá, Baiajida, culminando na morte da cobra no poço de Daura e no casamento com a rainha local Magajiia Daurama. Segundo a lenda, o herói teve um filho com a rainha, chamado Bauó, e outro filho com Baguaria, criada da rainha, chamado Carbagari. Embora as cidades-Estados Hauçás compartilhassem a mesma linhagem, idioma e cultura, elas eram caracterizadas por ferozes rivalidades entre si, com cada cidade-Estado buscando a supremacia sobre as outras. Elas constantemente guerreavam umas com as outras e frequentemente se aliavam com invasores em detrimento de suas cidades-Estados irmãs, prejudicando sua força coletiva.[2]