Rebelião tuaregue (2012)
fase inicial da Guerra Civil do Mali / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A rebelião tuaregue de 2012, parte do Conflito no Norte do Mali de 2012-2013, foi uma guerra de independência contra o governo do Mali na região do deserto do Saara, Azauade.[23] Foi liderada pelo Movimento Nacional de Libertação do Azauade (MNLA) e foi parte de uma série de revoltas pelos tuaregues, um grupo tradicionalmente nômade, que remontam pelo menos a 1916. O MNLA foi formado por ex-insurgentes e um número significativo de tuaregues armados que lutaram na Guerra Civil Líbia.
Rebelião tuaregue de 2012 | |||
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Revolta no norte do Mali de 2012-2013 e Rebeliões tuaregues | |||
Mapa de Azauade, como reivindicado pelo MNLA. Os pontos cinza escuro indicam regiões com maioria tuaregues. | |||
Data | 16 de Janeiro de 2012 – 6 de Abril de 2012 | ||
Local | Norte do Mali | ||
Desfecho | Vitória tuaregue
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Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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Deslocados: ~100.000 refugiados no estrangeiro 100,000+ deslocados internos[21] Total: ~250.000[22] |
Em 22 de março, o Presidente Amadou Toumani Touré foi derrubado em um golpe de Estado devido a forma com que lidava com a crise, um mês antes de uma eleição presidencial que deveria ter ocorrido.[24] Os militares revoltosos, sob a bandeira do Comitê Nacional para a Restauração da Democracia e do Estado, (CNRDR) suspenderam a Constituição do Mali, embora este movimento fosse revertido em 1 de abril.[25]
O grupo islâmico Ansar Dine, também, começou a luta contra o governo em fases posteriores do conflito, alegando controle de vastas áreas do território, embora contestado pelo MNLA. Como consequência da instabilidade após o golpe de Estado, as três maiores cidades do Norte do Mali - Kidal, Gao e Tombuctu - foram invadidas pelos rebeldes,[26] em três dias consecutivos.[27] Em 5 de abril, após a captura de Douentza, o MNLA afirmou que havia conseguido os seus objetivos e cancelou sua ofensiva. No dia seguinte, proclamaram a independência de Azauade do Mali.[28]
Após o fim das hostilidades com o Exército do Mali, no entanto, os nacionalistas tuaregues e os islamitas se esforçaram para conciliar suas visões conflitantes para o novo Estado pretendido.[29] Em 27 de junho, os islamitas do Movimento para a Unidade e Jihad na África Ocidental (MUJOA) entraram em confronto com o MNLA na Batalha de Gao, ferindo o secretário-geral do MNLA Bilal Ag Acherif e assumindo o controle da cidade.[30] Em 17 de julho, o MOJWA e o Ansar Dine haviam expulsado o MNLA de todas as grandes cidades.[31]