Rainhas do Império Neoassírio
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A rainha (assírio: issi ekalli ou sēgallu, lit. 'Mulher do Palácio') do Império Neoassírio era a consorte do rei neoassírio. Embora as rainhas obtivessem seu poder e influência por meio de sua associação com o marido, elas não eram peões sem poder político. As rainhas supervisionavam suas próprias finanças, muitas vezes consideráveis, e possuíam vastas propriedades em todo o império. Para supervisionar seus bens, as rainhas empregaram uma grande equipe administrativa chefiada por um conjunto de administradoras chamadas šakintu. Entre os deveres das rainhas estavam as responsabilidades religiosas e a supervisão de partes dos palácios reais; seu papel como "governantes do reino doméstico" é refletido em seu título como "Mulheres do Palácio". O poder e a influência das rainhas aumentaram ainda mais sob a dinastia sargônida (722-609 a.C.), quando elas aparecem com mais frequência em obras de arte e grandes unidades militares diretamente subservientes à rainha foram criadas.
A mais famosa e poderosa rainha neoassíria foi Samuramate, que por um tempo pode ter servido como regente de seu filho Adadenirari III após a morte de seu marido Samsiadade V em 811 a.C. Samuramate também é registrada por ter acompanhado seu filho em campanhas militares. Os túmulos e restos mortais de numerosas rainhas foram encontrados através de escavações dos túmulos das rainhas em Ninrude, o que deu uma visão considerável de suas vidas, bem como seus trajes e regalia.