Pós-punk
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Pós-punk (em inglês: post-punk), originalmente chamado new musik, é um amplo gênero de rock que surgiu no final da década de 1970 na esteira do punk rock. Os músicos pós-punk afastaram-se dos elementos tradicionais e da simplicidade crua do punk, adotando uma abordagem mais ampla e experimental que englobava uma variedade de sensibilidades de vanguarda e influências fora do rock.[1]
Pós-punk | |
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Origens estilísticas | |
Contexto cultural | Final da década de 1970 no Reino Unido |
Instrumentos típicos | guitarra, baixo elétrico, bateria, bateria eletrônica, teclado, caixa de ritmos |
Popularidade | Grande no Reino Unido a partir da primeira e segunda geração. Algum reconhecimento em outros países, notavelmente Alemanha, Estados Unidos e Rússia. Atualmente associado à cena underground. |
Formas derivadas | |
Subgêneros | |
Gêneros de fusão | |
Formas regionais | |
Reino Unido, Estados Unidos, Ultra nos Países baixos – Neue Deutsche Welle na Alemanha, França (cold wave), pós-punk russo | |
Outros tópicos | |
O pós-punk teve outras características anteriores vindas de vários outros estilos e experimentos musicais como o dub jamaicano, o funk americano e o krautrock alemão. A sonoridade era mais artística, complexa e experimental. A incorporação de elementos do krautrock trouxe os teclados, a repetição da dub music e do funk americano introduziu experimentações e melodias de baixo.[2]
Determinados a romper com os clichês do rock, os artistas e bandas pós-punk experimentaram estilos como eletrônica, jazz, disco e dance music, as técnicas de produção de dub e idéias de arte — incluindo teoria crítica, arte modernista, romantismo, cinema e literatura. Essas comunidades produziram gravadoras independentes, artes visuais, performances multimídia e fanzines.
O pós-punk foi a base do rock alternativo, ampliando a estética sonora do rock para um estilo mínimo, mais livre, explorando uma originalidade sonora, incorporando técnicas e riffs de baixo (que predomina no gênero), efeitos de guitarra, baterias tribais (4/4) e experimentações de estúdio. A vanguarda do pós-punk foi representada por grupos como Siouxsie and the Banshees, Joy Division, The Cure, Bauhaus, Public Image Ltd, Gang of Four, Wire, Magazine, The Pop Group, Throbbing Gristle, The Slits, Killing Joke, Cabaret Voltaire, The Fall, Au Pairs, Talking Heads e Pere Ubu.[3] O movimento estava intimamente relacionado ao desenvolvimento de gêneros auxiliares como rock gótico, neo-psicodelia, dance punk, no wave e industrial.
O legado e a expansão do pós-punk gerou intelectualismo no rock, fanzines e algumas subculturas que se tornaram conhecidas principalmente durante a década de 1980.