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província da Argentina Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Misiones (Missões na sua forma aportuguesada) é uma província argentina situada ao nordeste do país. Limita-se ao oeste com o Paraguai, separada apenas pelo rio Paraná, ao leste, norte e sul com o Brasil e a sudoeste com a Província de Corrientes.
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Província | ||||
Símbolos | ||||
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Gentílico | Misionero/a | |||
Localização | ||||
Coordenadas | ||||
Departamento | 17 departamentos | |||
Município | 75 municípios | |||
Administração | ||||
Capital | Posadas | |||
Governador | Hugo Passalacqua | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 29 801 km² | |||
População total (2007[1]) | 1 061 590 hab. | |||
Densidade | 35,6 hab./km² | |||
Fuso horário | ART (UTC−3) | |||
Outras informações | ||||
Senadores | 3 senadores | |||
Deputados | 7 deputados | |||
ISO 3166-2 | AR - N | |||
Sítio | misiones |
Antes da chegada dos europeus, a província era povoada pelos índios guaranis. O primeiro europeu a chegar à região foi Sebastião Caboto, que, explorando o rio Paraná em dezembro de 1527, achou os saltos de Apipé.
Em 1541, Álvar Núñez Cabeza de Vaca chegou às Cataratas del Iguazú (em português: cataratas do Iguaçu).
No século XVII, a Companhia de Jesus chegou à zona. Os jesuítas iniciaram sua atividade criando reduções. Em poucos anos, chegaram a criar trinta delas. Graças a elas, os índios guaranis, que já começavam a praticar a agricultura, terminaram por adotar o sedentarismo.
Em 1811, o território foi anexado à república do Paraguai por Dr. José Gaspar García Rodríguez de Francia, quando as imensas terras dos jesuítas, que após a sua expulsão, em meados do século XVIII, haviam passado para as mãos do Estado Espanhol, foram arrendadas por baixo preço a camponeses livres.[2]
Em 1814, Gervasio Antonio de Posadas, diretor das Províncias Unidas, anexou Misiones a Corrientes, gerando um problema de autonomia que se prolongou durante setenta anos. Em 1830, Corrientes invadiu a província, até que, em 1838, teve lugar a retomada paraguaia. A província foi cedida à Argentina em 1852 por Carlos Antonio López, pai de Francisco Solano López, em troca do reconhecimento argentino da independência paraguaia.[3] Em 1865, se iniciou a guerra do Paraguai, chamada pelos paraguaios Guerra de La Triple Alianza.
"Para a Argentina, a Guerra do Paraguai havia representado um passo decisivo para completar o processo de formação de seu estado nacional, pela eliminação ou incorporação da maioria das oposições provinciais ao governo de Buenos Aires. A oligarquia portenha sentia-se à vontade para aspirar à efetiva aplicação do Tratado da Tríplice Aliança, que lhe daria de presente todo o chaco paraguaio. O governo argentino, chefiado então por Sarmiento (que sucedera a Mitre), e tendo como ministro das relações exteriores Tejedor, empenhou-se em por em prática sua política anexionista.(...)As discussões e disputas se arrastaram por dois anos, tornando-se mais graves a partir de janeiro de 1872, quando o barão de Cotegipe assinou um tratado em separado com o governo títere de Asunción. Os protestos de Buenos Aires levaram a um clima em que a possibilidade de guerra contra o Império não era descartada. Principalmente porque o governo do Rio de Janeiro, apresentando-se como "benévolo", perante os paraguaios, contentou-se com a fixação de fronteiras nos limites reivindicados antes da guerra, e contestados por Solano López (...)Finalmente, a 3 de fevereiro de 1876, o Tratado de Irigoyen-Machain entre Buenos Aires e Asunción, aceito pelo Rio de Janeiro, encerrou a questão. Segundo ele, a Argentina teria uma parte do território do Chaco até o rio Pilcomayo, e as tropas brasileiras se retiravam do Paraguai, respeitando as cláusulas brasileiro-paraguaias de 1872."[4]
Como vemos, como resultado da Guerra, que se encerrou em 1870, além de Misiones, os paraguaios perderam a região do Chaco, correspondente à Província de Formosa para a Argentina.
Conforme transcrito acima, ambas as anexações foram definitivamente reconhecidas em 1876, depois do Tratado de Irigoyen-Machain que firmou a paz com a Argentina.
Em 10 de dezembro de 1953, a lei 14 294 dispôs a provincialização do Território Nacional de Misiones.
Sua superfície faz que Misiones seja a segunda menor província da Argentina depois de Tucumán. Apresenta a forma de cabo de frigideira.
Integra o maciço de Brasília através da meseta misionera. Suas rochas contêm importantes quantidades de ferro. Este se decompõe e faz parte do solo, outorgando-lhe a cor vermelha característica. Pelo centro da meseta se eleva a Serra de Misiones, que chega a sua maior altitude, 843 m, em Bernardo de Irigoyen, no Cerro Rincón.
Desenvolve-se o clima subtropical sem estação seca, o que converte Misiones numa das províncias mais úmidas do país. Os ventos predominantes são os do noroeste, sudeste e este. Parte da vegetação foi transformada pelo homem para implantar cultivos ou pecuária. O bioma original se encontra protegido no Parque Nacional Iguazú.
A província se encontra abraçada por três grandes rios: o Paraná, o Uruguai e o Iguazú, canais naturais de escoamento de uma região com chuvas abundantes.
A província se encontra dividida em 17 departamentos. A constituição da província foi aprovada o 21 de abril de 1958.
O maior aporte a sua economia provém da selva. As principais espécies exploradas são Pinheiro do Paraná, Guatambu, Cedro, Petiribi, Incenso, Cana fístula, Anchico, Eucaliptus e Gueycá. Outra fonte de recursos é o cultivo de erva-mate, o cultivo de chá e, em menor medida, de tabaco, da cana-de-açúcar, do arroz e do café. A produção de gado é escassa e essencialmente de bovinos.
Com respeito ao turismo, podemos dividir a província em 5 sub-regiões:
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