Em geologia, considera-se um poço a obra de captação de água subterrânea, feita por meio de escavação ou com o emprego de perfuratriz em um furo vertical. Em algumas regiões do nordeste do Brasil, quando cavado na rocha ou originado das cheias dos rios, denomina-se cacimba.[1]
Descrição
Para que sua água seja potável, um poço tem que estar, em média, a pelo menos 30 metros de qualquer fossa, e ter profundidade superior a 10 metros, para poder atingir o lençol freático. Além disso, o poço deve estar a no mínimo 2000 metros longe do mar para evitar a contaminação da água pelo sal marinho.
História
Os primeiros poços neolíticos foram avistados no Mediterrâneo oriental:[2] O poço mais antigo datado de forma confiável é o do local neolítico pré-cerâmico de Kissonerga-Mylouthkia no Chipre.
Tipos
A nomenclatura utilizada para os tipos de poços varia mas, de modo geral, podem ser estabelecidas as seguintes categorias.
- Poço raso (também chamado cacimba, cisterna, poço amazonas, poço caipira, poço freático ou poço simples): é aquele que retira água a partir do lençol freático (aquífero livre), tendo profundidade média da ordem de 20 metros.[3] Em geral é escavado, mas existem também poços rasos tubulares, construídos por meio de perfuração com trado e revestidos.[4]
- Poço tubular profundo: é aquele em que há perfuração feita por meio de máquinas perfuratrizes à percussão, rotativas e rotopneumáticas, com revestimento em metal ou PVC. Retira água de aquíferos confinados, em profundidades de até 2000 metros. Pode ser construído em rochas cristalinas ou sedimentares.[5] Subdivididos em:
- Poço artesiano (ou poço tubular jorrante): jorra água naturalmente. Com origem antes de Cristo na China, ganhou o nome a partir da cidade francesa de Artésia (Artois).
- Poço semiartesiano (ou poço tubular não jorrante): necessita de mecanismos de bombeamento para trazer a água à superfície.
Ver também
Referências
- Peltenburg, Edgar (2012). «East Mediterranean water wells of the 9th–7th millennium BC». Rahden/Westfalia: Leidorf. In: Florian Klimscha (ed.), Wasserwirtschaftliche Innovationen im archäologischen Kontext. Von den prähistorischen Anfängen bis zu den Metropolen der Antike.: 69–82
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