Plínio, o jovem, sobre os Cristãos
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Plínio, o Jovem, o governador romano da Bitínia e do Ponto (agora na Turquia moderna) escreveu uma carta ao imperador Trajano por volta de 112 d.C. e pediu conselhos sobre como lidar com a comunidade cristã primitiva. A carta (Epistulae X.96) detalha um relato de como Plínio realizaram ensaios de supostos cristãos que apareceram antes dele, como resultado de denúncias anônimas e pede orientação do Imperador sobre como eles devem ser tratados.[1][2]
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Nem Plínio nem Trajano mencionam o crime que os cristãos haviam cometido, exceto por serem cristãos; e outras fontes históricas não fornecem uma resposta simples para o que esse crime poderia ser, mas provavelmente devido à teimosa recusa dos cristãos em adorar os deuses romanos; fazendo com que pareçam objetar ao domínio romano.[3][4]
Plínio afirma que ele dá aos cristãos várias chances de afirmar que são inocentes e se recusaram três vezes, por isso foram executados. Plínio afirma que suas investigações não revelaram nada da parte dos cristãos, mas práticas inofensivas e "superstição excessiva e depravada". No entanto, Plínio parece preocupado com a rápida disseminação dessa "superstição"; e vê as reuniões cristãs como um potencial ponto de partida para a sedição.[4]
A carta é o primeiro relato pagão a se referir ao cristianismo, fornecendo informações importantes sobre as primeiras crenças e práticas cristãs e como elas eram vistas e tratadas pelos romanos.[2][5][6] A carta e a resposta de Trajano indicam que no momento da redação deste texto não havia perseguição sistemática e oficial aos cristãos no Império Romano.[7][8] Houve perseguição aos cristãos antes disso, mas apenas localmente. A resposta de Trajano também oferece informações valiosas sobre a relação entre os governadores provinciais romanos e os imperadores e indica que na época os cristãos não eram procurados ou rastreados pelas ordens imperiais, e que as perseguições podiam ser locais e esporádicas.[9]