Passeio Público (Curitiba)
parque urbano em Curitiba Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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O Passeio Público é o parque mais antigo do município de Curitiba, capital do estado brasileiro do Paraná. Inaugurado em 1886, está localizado no Centro da cidade.[1]
O Passeio Público de Curitiba foi uma iniciativa do presidente da província, o carioca Alfredo d'Escragnolle Taunay[2], para sanar os problemas do terreno, que era um banhado. Para que a obra fosse iniciada, dois baluartes e moradores da região deram uma grande contribuição na empreitada, pois a verba municipal destinada ao projeto, sempre discutida pelos vereadores, nunca era efetivamente disponibilizada, assim, Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, e Francisco Fasce Fontana, empresários ervateiros, abraçaram a causa. Francisco Fontana, além de doar o terreno, foi o primeiro administrador do "Passeio"[3][4][5].
O Rio Belém, que cortava a região, foi saneado com obras de engenharia, transformando-se em um plácido lago que recebeu algumas canoas para o lazer dos curitibanos.
A obra foi adiantada para que a inauguração do parque ocorresse ainda no mandato de Taunay. Em 2 de maio de 1886 a população da capital ganhou o seu primeiro parque público. A Gazeta Paranaense, de Romário Martins, na edição do dia, pormenorizou o que representou a inauguração do Passeio Público para o povo da cidade. No dia seguinte o presidente Taunay entregou o cargo e seu sucessor, Joaquim Faria Sobrinho, arcou com as despesas para finalizar e corrigir os defeitos decorrentes da pressa para a inauguração e, talvez até mesmo por vaidade, reinaugurou o local em 8 de agosto de 1886. O engenheiro responsável foi João Lazzarini, que lealmente iniciou e finalizou o projeto [3][6].
Na comemoração do 33° aniversário da província, em 19 de dezembro de 1886, foi instalada uma lâmpada elétrica no local, o primeiro no Paraná a ter o benefício deste tipo de iluminação para uso público. Era alimentada por uma pequena usina geradora. A eletrificação definitiva só veio dois anos mais tarde, quando a companhia de energia elétrica iniciou as operações.[3]
Na década de 1910, portões foram construídos nas entradas do passeio, que seguiam as linhas arquitetônicas do portão do Cemitério dos Cães de Asnières, localizado a noroeste da cidade de Paris, na margem esquerda do Sena. A réplica curitibana foi idealizada pelo arquiteto alemão radicado em Curitiba, Frederico Kirchgässner. Esta obra foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná no ano de 1974. [7]
O Passeio Público ocupa 69.285 m² da área central de Curitiba e é considerado um dos mais importantes símbolos da capital paranaense, com uma grande área verde em pleno espaço urbano, espécies da fauna e flora nativas e algumas espécies estrangeiras, como sanhaço, garça branca, carvalho, jacarandá, canela, ipê-amarelo.[8][9]
O parque é formado por diversos lagos e ilhotas, das quais se destaca a "Ilha da Ilusão", que foi sede, em 20 de agosto de 1911, da "coroação" de Emiliano Perneta como o "Príncipe dos Poetas Paranaenses".[10]
Com a reinauguração do parquinho das crianças, em julho de 2010, foi instalada uma réplica metálica do "Balão Granada", com altura de 5,39 metros, que é uma referência ao balão que agitou o "Passeio" em 21 de maio de 1909,[11] quando alçou voo de dentro do parque, sob o comando da espanhola Maria Aida. Após 34 minutos no ar e ao atingir a altura de 970 metros, o Granada terminou o seu percurso pendurado em uma das torres da então Igreja Matriz, hoje Catedral Basílica de Curitiba.[12]
O Passeio Público foi o primeiro zoológico da cidade e até meados da década de 1980 era uma das sedes do Zoológico de Curitiba, chegando a possuir animais de grande porte, como leões e até um búfalo branco.[13][14] Atualmente sedia o departamento administrativo da entidade e expõe aves e outros animais de pequeno porte, como cobras.
Também foi a primeira sede do Museu Botânico de Curitiba, fundado em 1965 e ali permanecendo até 1975[15].
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