Parto pré-termo
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Parto pré-termo, também denominado parto prematuro, é o parto de um bebé antes das 37 semanas de idade gestacional.[1] Estes bebés são denominados prematuros.[1] Os sintomas de um parto pré-termo incluem contrações uterinas em intervalos inferiores a dez minutos e perda de líquido pela vagina.[8] Os bebés prematuros apresentam um risco acrescido de paralisia cerebral, atraso no desenvolvimento, problemas de audição e problemas de visão. O risco aumenta quanto mais cedo ocorrer o parto.[1]
Parto pré-termo | |
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Recém-nascido prematuro numa incubadora | |
Sinónimos | Parto prematuro |
Especialidade | Obstetrícia, pediatria |
Sintomas | Parto antes das 37 semanas de idade gestacional[1] |
Complicações | Paralisia cerebral, atraso no desenvolvimento, perda auditiva, perda visual[1] |
Causas | Em muitos casos desconhecidas[2] |
Fatores de risco | Diabetes, hipertensão arterial, gravidez múltipla, obesidade ou baixo peso, diversas infeções vaginais, doença celíaca, fumar, stresse psicológico[2][3][4] |
Prevenção | Progesterona[5] |
Tratamento | Corticosteroides, manter o bebé quente mediante contacto entre pele, apoio à amamentação, tratamento de eventuais infeções, apoio respiratório[2][6] |
Frequência | ~15 milhões por ano (12% dos partos)[2] |
Mortes | 805 800 (2015)[7] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | O60.1, P07.3 |
CID-9 | 644, 765 |
CID-11 | 1445665290 |
DiseasesDB | 10589 |
MedlinePlus | 001562 |
eMedicine | ped/1889 |
MeSH | D047928 |
Leia o aviso médico |
Na maior parte dos casos, a causa do parto pré-termo é desconhecida.[2] Entre os fatores de risco estão a diabetes, hipertensão arterial, uma gravidez múltipla, obesidade ou baixo peso, uma série de infeções vaginais, fumar e stresse psicológico.[2][3] Recomenda-se que o parto não seja induzido antes das 39 semanas de gestação a não ser que seja imperioso por razões médicas. A mesma recomendação aplica-se à realização de cesarianas.[2] Entre as razões médicas para a indução de um parto prematuro está a pré-eclampsia.[9]
Em pessoas com risco acrescido, a administração da hormona progesterona durante a gravidez pode prevenir o parto prematuro. As evidências não apoiam a utilidade do repouso na cama.[5][10] Estima-se que pelo menos 75% dos bebés prematuros pudessem sobreviver com tratamento adequado.[2] Em mulheres com risco de parto pré-termo, os corticosteroides melhoram o prognóstico.[6] Existem uma série de medicamentos que atrasam o parto, como a nifedipina, dando tempo para que a mãe possa ser transferida para um local com assistência médica e onde os corticosteroides têm maiores probabilidades de ser eficazes.[11] Caso o parto pré-termo ocorra, o tratamento inclui manter o bebé quente através de contacto pele a pele, em apoiar a amamentação, no tratamento de eventuais infeções e no apoio respiratório.[2]
O parto pré-termo é a causa mais comum de morte infantil em todo o mundo.[1] Em cada ano nascem prematuramente cerca de 15 milhões de bebés, o que corresponde a 5–18% de todos os partos. Em muitos países, entre as décadas de 1990 e 2010 o número de partos pré-termo tem vindo a aumentar.[2] Em 2013, as complicações dos partos pré-termo causaram 740 000 mortes, uma diminuição em relação às 1,57 milhões em 1990.[12] A probabilidade de sobrevivência de um bebé que nasça antes das 23 semanas de gestação é próxima do zero, enquanto que às 23 semanas é de 15%, às 24 semanas 55% e às 25 semanas cerca de 80%.[13] As probabilidades de sobrevivência sem dificuldades a longo prazo são menores.[14]