Palácio do Príncipe de Mônaco
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O Palácio do Príncipe de Mônaco (português brasileiro) ou Palácio do Príncipe do Mónaco (português europeu) ou apenas Palácio de Mônaco (Palais de Monaco em francês) é a residência oficial do Príncipe de Mônaco e respetiva Família Principesca Monegasca. Fundado em 1191 como uma fortaleza da República de Gênova, durante sua longa e dramática história foi bombardeado e cercado por muitas potências estrangeiras. Desde o fim do século XIII, tem sido fortaleza e lar da dinastia Grimaldi que foi a primeira a capturá-la em 1297.[1] Os Grimaldis dominaram a área primeiramente como senhores feudais e, a partir do século XVII, como príncipes soberanos, mas os seus poderes derivavam dos frágeis acordos com os seus países vizinhos, maiores e mais fortes.
Assim, enquanto outros soberanos europeus estavam construindo luxuosos e modernos palácios renascentistas e barrocos, a política e o senso comum exigiam que o Palácio de Mônaco fosse fortificado. Esta única exigência, na fase tardia da história, fez com que o Palácio de Mônaco se tornasse um dos mais incomuns na Europa. Ironicamente, quando as suas fortificações foram finalmente terminadas, no final do século XVIII, foi tomado pelos franceses[1] que tiraram todo os seus tesouros, fazendo-o entrar em declínio, enquanto que a família Grimaldi foi exilada durante mais de 20 anos.
A ocupação pelos Grimaldi do palácio também é incomum, pois, ao contrário de outras famílias influentes europeias, a ausência de palácios alternativos e a escassez de terrenos resultou na utilização da mesma residência por mais de sete séculos. Assim, as suas fortunas e política estão diretamente refletidas na evolução do palácio. Considerando que os Romanovs, Bourbons, e Habsburgos podiam construir palácios totalmente novos, e com frequência o faziam, a maior conquista dos Grimaldi enquanto gozavam da boa fortuna, ou desejavam mudanças, era a de construir uma nova torre ou ala, ou, como fizeram com maior frequência, reconstruir uma parte do palácio já existente. Assim, o Palácio do Príncipe reflete não apenas a história de Mônaco, mas da família que em 1997 comemorou 700 anos na posse do mesmo palácio.[2]
Durante o século XIX e o início do século XX, o palácio e os seus proprietários rapidamente se tornaram símbolos do ligeiramente esquecido glamour e do decadentismo que foram associados com Monte Carlo e com a Riviera francesa. Glamour e teatralidade se tornaram realidade quando a estrela cinematográfica americana Grace Kelly se tornou Chatelaine do palácio em 1956. No século XXI, o palácio continua a ser a residência do atual Príncipe de Mônaco.