Oostende

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Oostende ou, na sua forma portuguesa, Ostende[1] é uma cidade e um município belga da província da Flandres Ocidental.[2] O município é constituído pela cidade de Oostende e pelos antigos municípios de Stene e Zandvoorde.[2] Oostende é a maior cidade da costa belga banhada pelo Mar do Norte.[2]

Mais informação Município de Oostende, Brasão ...
  Município de Oostende
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Localização do município de Oostende na província de Flandres Ocidental
Brasão Bandeira
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Geografia
Região Flandres
Província Flandres Ocidental
Distrito Oostende
Coordenadas 51°13’ N, 02°54’ E
Área 37,72 km²
Demografia
População
– Homens
– Mulheres
Densidade
68.898 (01/07/2006)
48,12%
51,88%
1827 hab./km2
Faixa Etária
0–19 anos
20–64 anos
65 anos ou mais
(01/01/2006)
17,83%
56,88%
25,29%
Estrangeiros 4,34% (01/07/2005)
Economia
Desemprego 13,23% (01/01/2006)
Renda per capita 12.283 € euros/hab. (2003)
Política
Burgomestre
Coalizão/partido Sp.A, CD & V & VLD
Escabinos 39
Código postal
Código postaldeelgemeenten
/entités (submunicípios)
8400
8400
8400
Oostende
Stene
Zandvoorde
Outras informações
Código telefônico 059
Código NIS 35013
Website Página oficial do município de Oostende
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História

Das origens à Idade Média

Nos primeiros tempos, Oostende não era mais que uma pequena aldeia construída na ponta leste (em neerlandês: oost-einde) de uma ilha (então chamada Testerep) entre o Mar do Norte e uma praia lacustre. Apesar de ser pequena, a aldeia foi elevada ao estatuto de cidade por volta de 1265 quando os habitantes tiveram autorização de terem um mercado e de construirem um edifício para o mercado.

O primeiro governador de Oostende foi o cavaleiro Woutre Van Ghent, que como governador da cidade adaptou o sufixo "MAN" em 1229 passando a intitular-se de Woutreman I Van Ghent [3] (em Francês aparece como Watreman de Gand [4]). Woutreman Van Ghent (1214-1261), era o filho mais novo de Zeger II, Visconde de Gand, que por sua vez era neto de Guilherme d’Ypres (filho legitimado de Filipe d’Ypres e neto de Roberto I da Flandres, Conde da Flandres) e de Stephanie de Viena (Borgonha). O brasão da cidade resulta do brasão deste cavaleiro.

A principal fonte de rendimentos para os habitantes era então a pesca.[2] A linha costeira do Mar do Norte foi sempre instável e em 1395 os habitantes decidiram construir uma nova cidade de Oostend por trás de grandes diques construídos para evitar futuras ameaças do mar.

Do século XV ao século XIX

A estratégica localização no Mar do Norte trouxe grandes vantagens para Oostende como porto, mas também foi fonte de problemas. A cidade foi frequentemente tomada, destruída e saqueada por diversos exércitos invasores. O mais importante destes eventos teve lugar entre 1601 e 1604 teve lugar o cerco da cidade que contabilizou mais de 80.000 mortos e feridos de ambos os lados. Depois da sua independência do Império Espanhol os Holandeses mantiveram a sua liberdade religiosa.

Depois desta época, Oostend voltou a ser um porto com alguma importância. Em 1722, os Holandeses fecharam o porto de Antuérpia e a cidade de Oostende aumentou a sua importância porque era uma boa alternativa à cidade de Antuérpia.[2] A região sul dos Países Baixos (correspondente à actual Bélgica) tornou-se parte do Império Austríaco.[2] O imperador austíaco Carlos VI garantiu à cidade de Oostende o monopólio comercial com África e o Extremo-Oriente.[2] A Companhia Marítima de Oostende ficou com autorização de fundar colónias no ultramar. Todavia, em 1727, a mesma companhia ficou impedida de prosseguir as suas actividades devido às pressões dos Holandeses e dos Britânicos.[2] Os Países Baixos e a Inglaterra não queriam ter competição no comércio e nos mares.

Era Moderna

Nos tempos mais recentes, o porto de Oostende continuou a expandir-se, bem como o comércio a ele ligado. Oostende tornou-se um porto de trânsito para Inglaterra, quando o primeiro ferry navegou até ao porto inglês de Dover.[2] Hoje não é mais que um ponto alternativo ao porto francês de Calais, muito mais importante. A cidade ganhou grande importância quando os reis da Bélgica Leopoldo I e Leopoldo II começaram a passar as suas férias nesta cidade. Foram então construídos diversos monumentos e villas para acolher a Família Real. Outros aristocratas belgas seguiram as suas pisadas e a cidade ficou conhecida como a "Rainha das Praias Belgas".

Monumentos

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Igreja de São Pedro e São Paulo, em Oostende
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Imagem do Hipódromo de Wellington
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Trajes de pescadores dos princípios do século XX
  • Casino e Forte Napoleão
  • O Museu James Ensor, na casa onde viveu o artista James Ensor entre 1917 e 1949
  • O Mercator, um navio da marinha mercante belga que foi transformado num museu educativo
  • O Peperbuse, torre de uma igreja
  • Hipódromo Wellington, onde se disputam corridas de cavalos.
  • Igreja de São Paulo

Habitantes famosos

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Vista panorâmica da praia de Ostende

Clubes desportivos

O principal clube da cidade é o K.V. Oostende (futebol), há ainda o Basketball Club Oostende (basquetebol)

Referências

  1. Machado, José Pedro (1993) [1984]. Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa. 3.º Volume (N–Z) 2.ª ed. Lisboa: Horizonte / Confluência. p. 1105. ISBN 972-24-0845-3
  2. Histoire de la Ville et Comté de Valenciennes
  3. Coutumes des pays et comté de Flandre : Quartier de Bruges, Coutumes des petites villes et seigneuries enclavées by Belgique. Commission royale pour la publication des anciennes lois et ordonnances de la Belgique; Gilliodts-Van Severen, Louis, 1827-1915

Ligações externas

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