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canção de Natal tradicional portuguesa Da Wikipédia, a enciclopédia livre
"Os pastores, em Belém" é uma canção de Natal tradicional portuguesa originária de Vila Nova de Foz Coa na região do Alto Douro.[1]
A cantiga foi publicada no ano de 1926 pelo etnógrafo português Edmundo Correia Lopes no seu Cancioneirinho de Foz Coa.[1][2] Em 1939 outro etnógrafo português, Luís Chaves, na Revista Lusitana, estudou a composição, destacando o seu "estribilho animador" e as evidências de castelhanismos.[1]
De facto, a primeira quadra é uma tradução da conhecida trova espanhola:
Los pastores de Belén
Todos juntos van por leña,
Para calentar al Niño
Que nació la Nochebuena.[3]
O último verso, que em português se traduz como: "Que nasceu na noite de Natal", foi adaptado, segundo Edmundo Correia Lopes por analogia a conjuntos como lentejuela e lentejoila, como "noite boina".[2]
A segunda quadra, por sua vez, não apresenta castelhanismos óbvios, mas reproduz um tema bem conhecido em Espanha, tome-se como exemplo a seguinte quadra:
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O compositor português Fernando Lopes-Graça harmonizou a melodia, que incluiu na sua Primeira Cantata do Natal, terminada em 1950.[5]
O tema de Os pastores, em Belém é, como o nome indica, a adoração dos pastores.[1] Segundo a narrativa bíblica, os pastores nos arredores de Belém que guardavam os seus rebanhos em vigília noturna são informados do nascimento de Jesus por um anjo, tendo ido, de seguida, adorar o Menino.
Estes pastores recolhem lenha pelo caminho para aquecer o recém-nascido que nasceu pobre e numa noite fria. Contudo, são advertidos a não queimar o rosmaninho, uma planta que, segundo a tradição ibérica, foi abençoada por Maria com poderes medicinais por ter servido de estendal à roupa do seu filho.[4]
Os pastores, em Belém,
Todos juntos vão à lenha,
Pra aquecer o Deus Menino,
Que nasceu na noite boina.
Vamos a Belém, a Belém, a Belenzinho,
Vamos a Belém adorar o Deus Menino.
Pastores, que andais à lenha,
Não queimais o rosmaninho,
Que é donde a Virgem 'stendia
Os cueiros do Menino.
Vamos a Belém, a Belém, a Belenzinho,
Vamos a Belém adorar o Deus Menino.[1]
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