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A OASIS, ou Organization for the Advancement of Structured Information Standards, ou ainda, em português, Organização para o Avanço de Padrões em Informação Estruturada, é um consórcio global que conduz o desenvolvimento, convergência e adoção de padrões para e-business e web services. Dentre os membros da organização estão grandes nomes da indústria de tecnologia da informação como IBM, SAP AG e Sun Microsystems.
A OASIS desenvolve especificações e padrões relacionados com áreas como: supply chain, SOA, web services, processamento de XML e segurança da informação. Desenvolve também manuais, guias de melhores práticas e ferramentas para facilitar a adoção de padrões para informação estruturada. Além disso ela estabelece fóruns de discussão para incentivar a adoção de padrões e o desenvolvimento relacionado à troca de informação eletrônica em governos e empresas.
A OASIS foi criada em 1993, com o nome de SGML Open, por fornecedores de aplicações baseadas em SGML para promover a adoção deste padrão.[1] As atividades iniciais eram majoritariamente educativas, mas algum trabalho técnico foi realizado, como a atualização das especificações para CALS Table Model,[2] intercâmbio de fragmentos[3] e gerenciamento de entidades.[4]
Em 1998 a SGML Open mudou o seu foco de SGML para XML devido à tendência do mercado em adotar essa nova linguagem de marcação. Em seguida mudou o seu nome para OASIS Open e passou a atuar com outros padrões tecnológicos, além do XML.[1] A partir deste momento a organização iniciou o seu envolvimento com o desenvolvimento de especificações técnicas.
Durante o ano de 1999, a OASIS foi procurada pelo comitê das Nações Unidas para padrões de negócios, UN/CEFACT, para desenvolver um conjunto de especificações para negócios eletrônicos. A iniciativa conjunta foi batizada como ebXML.[5] Em 2004 a OASIS submeteu a especificação ebXML para a ISO TC154[6][7] onde ela foi aprovada como "ISO 15000".[8]
Assim como outras organizações que produzem padrões abertos, a OASIS tem uma política de patent disclosure que exige que os participantes declarem a intenção de obter patentes de software em tecnologias relacionadas com o padrão em desenvolvimento. O W3C, por exemplo, requer que os participantes ofereçam licenças livres de royalties para qualquer um que utilize o padrão resultante do trabalho. A OASIS disponibiliza modos similarares de patent disclosure, como a chamada Royalty Free on Limited Terms, junto com a Royalty Free on RAND Terms e um modo RAND para os participantes do comitê. RAND é um acrônimo de Reasonable and Non Discriminatory Licensing, uma licença que determina que os participantes do comitê permitam a utilização, por outros grupos e por um preço razoável, de qualquer patente que se torne essencial ao padrão.[10]
A controvérsia surgiu pelo fato destas licenças permitirem a publicação de padrões que requerem o pagamento de taxas aos detentores das patentes, e desta forma, eliminarem praticamente a possibilidade de surgirem implementações livres destes padrões. Além disso, os participantes poderiam inicialmente liberar o uso das suas patentes e, posteriormente, passar a cobrar taxas assim que o padrão tornar-se aceito.[11][12]
Os defensores do OASIS argumentam que isso é necessário para encorajar a contribuição de participantes em potencial. A Microsoft e IBM teriam deixado o esforço de padronização mantido pelo W3C devido à falta desta garantia.[11]
Uma mensagem assinada por Mitchell Kapor, Lawrence Lessig, Tim O'Reilly, Bruce Perens, Eric Raymond, Lawrence Rosen, Doc Searls e Richard Stallman pedindo para que a comunidade não implemente certas especificações liberadas pela OASIS.
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