Najrã (Síria)
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Najrã[1] (em árabe: نجران; romaniz.: Najran) é uma vila ao sul da Síria na planície de Leja, administrativamente parte da província de Sueida. Segundo censo de 2004, havia 2 955 habitantes.[2]
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Cidade | ||||
Vista da cidade | ||||
Localização | ||||
Localização de Najrã na Síria | ||||
Coordenadas | 32° 50′ N, 36° 26′ L | |||
Província | Sueida | |||
Distrito | Sueida | |||
Anaia | Almazraa | |||
Características geográficas | ||||
População total (2004) | 2 955 hab. |
Najrã leva o nome da cidade de Najrã, no sul da Arábia, cujos habitantes, os Bani Harete,[3] foram expulsos daquela cidade nos anos 520 e se estabeleceram no distrito de Traconita (planície de Leja), então parte da província da Arábia Pétrea. Ficaram sob a proteção de seus parentes antigos, os gassânidas.[4] Na era bizantina (fim do século IV ao VI), uma igreja foi construída por cristãos árabes monofisistas, provavelmente de Najrã, no sul da Arábia. Durante o início da era islâmica, sua comunidade cristã foi expulsa pelo califa Omar (r. 634–644), levando alguns a migrar à Najrã de Haurã. No início do século XIII, a igreja foi visitada pelo geógrafo sírio Iacute de Hama, que elogiou sua beleza e observou seus mosaicos e colunas de mármore. Também disse que era um santuário votivo.[5]
Em 1596, apareceu nos registros fiscais otomanos como estando na anaia de Bani Miglade no Sanjaco de Haurã. Tinha uma população de 65 famílias e 25 solteiros, todos muçulmanos. Os moradores pagavam impostos sobre trigo, cevada, safras de verão, receitas ocasionais, cabras e colmeias; um total de 5 000 akçe.[6] Najrã foi colonizada por 200 famílias imigrantes drusas do monte Líbano em 1685.[3] Havia sido abandonada anteriormente pela tribo árabe Mucri Aluas, embora ainda contivesse cristãos. Segundo os historiadores Hanna Abu Rashid e Bouron, foi o primeiro lugar a ser ocupado na segunda onda migratória dos drusos, enquanto o historiador Sa'id Sghayar observa que duas outras aldeias na planície de Leja foram temporariamente colonizadas por esse grupo de imigrantes antes de Najrã ser escolhida como residência permanente.[7] O historiador Abu Xacra descreveu a chegada dos drusos:
“ | Como era costume nesses casos, o xeique de Najrã ordenou a iluminação de fogueiras no cume da vila ... então as fogueiras foram acesas como um sinal de guerra no cume de todas as aldeias de Jabel Haurã ... De manhã [os drusos] chegaram a Najrã de todas as aldeias. Os três mil libaneses [drusos] foram distribuídos pelas diferentes partes de Haurã.[8] | ” |
Em 1711, Najrã, que tinha um castelo, tornou-se o centro do clã Hamadã, que controlava outras cinco aldeias no Haurã.[9] Em 1838, Edward Robinson foi informado de que era uma vila católica, situada "no Lufe, ao sul de Leja".[10]
No início do século XIX, os cristãos ainda eram maioria, com cerca de 150 famílias. Havia 50 famílias drusas.[7] Em meados do século XIX, o clã druso Abu Facre controlava Najrã e duas outras aldeias.[11] À época, as comunidades cristã e drusa eram grosso modo iguais em população e o chefe era Alcácem Abu Facre. O viajante Josias Leslie Porter visitou-a na década de 1850 e observou que tinha "extensas ruínas ... estimadas em quase três quilômetros de circunferência". A mais significativa delas foi a igreja da era bizantina, cujos restos consistiam em duas torres quadradas com inscrições gregas. Uma inscrição na torre continha a data de 458, enquanto a outra continha a data de 564. Segundo Porter, as ruínas haviam funcionado como mesquita em épocas anteriores.[12] Em 1862, o chefe Abu Facre era Ibraim Abu Facre, que residia em Najrã.[8] Em outubro de 1895, o exército otomano aquartelado na vizinha Xeique Masquim lançou uma ofensiva contra os drusos, atacando Najrã junto com Carraça e Aira. Cerca de 45 soldados otomanos foram mortos e 65 foram feridos como resultado da resistência das três aldeias.[13]
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