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Os Núcleos Antagônicos da Nova Guerrilha Urbana (NANGU) são uma federação anarquista insurrecionária formada por coletivos e indivíduos, assim como guerrilha urbana descentralizada que realiza ataques armados contra propriedade estatal e empresarial. O grupo atua na região metropolitana de Santiago, no Chile. Os NANGU realizaram diversos ataques considerados terroristas desde sua formação.
Núcleos Antagônicos da Nova Guerrilha Urbana (NANGU) | |
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Núcleos Antagonicos de la Nueva Guerilla Urbana (NANGU) | |
Fundação | 2011 |
Motivos | Guerra ao Estado |
Área de atividade | Santiago de Chile |
Ideologia | Anarquismo Individualista, Anarquismo insurrecionário, Anarcoprimitivismo, Ilegalismo |
Espectro político | Extrema-Esquerda |
Principais ações | Ataques explosivo-incendiários com uso de cartas-bomba e uso de bombas caseiras contra sucursais de bancos, sedes de partidos políticos e propriedade estatal.
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Status | Ativo |
Aliados | Conspiração das Células de Fogo
Federação Anarquista Informal/Frente Revolucionária Internacional |
Inimigos | Estado Chileno |
Em 2011 o grupo deixou um dispositivo explosivo-incendiário em uma sucursal do Banco de Chile, realizando seu primeiro atentado.[1][2][3] O dispositivo, no entanto, foi desativado por Carabineiros antes que pudesse detonar. Em panfletos deixados nas proximidades, o grupo apresentava alguns de seus princípios ideológicos e reivindicava a memória de Mauricio Morales, anarquista chileno morto em 2009, que veio a se tornar um ícone do anarquismo de insurreição global.[4][5]
Entre 2011 e 2016, o grupo realizou outras tentativas de ataques explosivos em bancos e praças de Santiago, quase todas sem sucesso.[6][7][8][9][10] Uma dessas tentativas, em 11 de fevereiro de 2016, foi realizada em uma unidade da gendarmaria chilena e alcançou alguma notoriedade da mídia nacional, chegando a ser considerada “incidente terrorista” pelo Ministério do Interior e Segurança Pública.[11][12][13][14] Ainda em 2016, outro ataque foi realizado em um ônibus da Red Metropolitana de Movilidad (então Transantiago) com um dispositivo incendiário.[15] Junto ao dispositivo estavam panfletos com “slogans anarquistas”.
Entre fevereiro e dezembro de 2016, o grupo realizou uma série de ataques frustrados a sedes de diversos partidos políticos, como o Partido pela Democracia, Partido Democrata Cristão do Chile, Partido Radical do Chile e Partido Socialista do Chile. Um desses ataques, realizado à sede da União Democrática Independente na comuna de Providencia, levou a danos materiais mas nenhum ferido.[16][17][18][19]
Em dezembro de 2018, duas sucursais do BancoEstado em Las Condes foram atacadas pelo grupo, destruindo uma e danificando severamente outra.[20][21][22] As explosões foram um ataque conjunto em colaboração com o Grupo de Ataque Antipatriarcal Claudia López, outra organização anarquista.[23] Os grupos afirmavam que os ataques se dirigiam a banqueiros e burgueses chilenos, e nos arredores dos locais de ataque espalharam panfletos relembrando a morte de Sebastián Oversluij, militante anarquista morto durante um assalto a banco.[24] Ao final de dezembro, uma terceira tentativa de ataque foi realizada contra outra sucursal do mesmo banco, sem sucesso.[25][26]
Membros do grupo estiveram envolvidos em confrontos com a polícia durante protestos contra a 1.ª Cúpula do Prosul, rechaçando a presença do presidente brasileiro Jair Bolsonaro e outros participantes.[27][28][29] Em 3 de agosto de 2019, cerca de 40 militantes dos NANGU incendiaram um ônibus e realizaram disparos ao ar, sem feridos[30][31][32]. Após o início dos Protestos no Chile em 2019-2020, o grupo publicou um panfleto expondo sua analise da conjuntura, com o título Sobre Fantasmas Insurreccionales y banderas falsas. No panfleto, são discutidos os antecedentes e causas dos protestos, e a participação de membros da organização nas linhas de frente nas manifestações.[33]
Os NANGU se encaixam nas tradições anarquista individualista, anarquista insurrecionária e ilegalista, e são críticos tanto do capitalismo quanto do Marxismo. O grupo defende o uso da ação direta, inclusive da luta armada, e tem a propaganda pelo ato como uma de suas principais formas de atuação.[33] Algumas células dos NANGU são ligadas à internacional anarco-insurrecionária Federação Anarquista Informal/Frente Revolucionária Internacional, e os dois movimentos ocasionalmente trabalham em conjunto.[34]
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