Mohammad Reza Pahlavi
Último Xá da Pérsia / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Mohammad Rezā Shāh Pahlavi (em persa: محمد رضا شاه پهلوی; romaniz.: Mohammad Rezâ Šâhe Pahlevi) (Teerã, 26 de outubro de 1919 – Cairo, 27 de julho de 1980) foi o xá do Irã de 16 de Setembro de 1941 até sua derrubada pela Revolução Iraniana, em 11 de fevereiro de 1979. Segundo e último monarca da Pahlavi, ele assumiu o título de Shāhanshāh ("Imperador" ou "Rei dos Reis")[1][2] após sua coroação, em 26 de outubro de 1967. Mohammad Reza Pahlavi ostentou vários outros títulos, incluindo o de Āryāmehr ("Luz dos Arianos") e Bozorg Arteshtārān ("Líder dos Guerreiros").[3][4]
Mohammad Reza Pahlavi | |
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Xá da Pérsia | |
Reinado | 16 de setembro de 1941 a 11 de fevereiro de 1979 |
Coroação | 26 de outubro de 1967 |
Predecessor | Reza Xá |
Sucessor | Monarquia abolida (Ruhollah Khomeini como Líder Supremo) |
Nascimento | 26 de outubro de 1919 Teerã, Império Cajar |
Morte | 27 de julho de 1980 (60 anos) Cairo, Egito |
Sepultado em | 29 de julho de 1980 Mesquita de Al-Rifa'i, Cairo, Egito |
Esposas | Fawzia Fuad do Egito Soraya Esfandiary-Bakhtiari Farah Diba |
Descendência | Shahnaz Pahlavi Reza Pahlavi, Príncipe Herdeiro Farahnaz Pahlavi Ali-Reza Pahlavi Leila Pahlavi |
Casa | Pahlavi |
Pai | Reza Xá |
Mãe | Tadj ol-Molouk |
Religião | islã xiita |
Assinatura |
Mohammad Reza Pahlavi chegou ao poder durante a Segunda Guerra Mundial depois que uma invasão anglo-soviética forçou a abdicação de seu pai, Reza Xá. Durante seu reinado, a indústria petrolífera iraniana foi estatizada por um breve período, sob o governo democraticamente eleito do primeiro-ministro Mohammed Mossadegh, derrubado por um golpe de Estado patrocinado pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, o que acabou por trazer de volta as empresas de petróleo estrangeiras.[5] O Irã comemorou o aniversário de 2500 anos de monarquia contínua desde a fundação do Império Persa por Ciro, o Grande durante o seu reinado. Nessa época ele também alterou o calendário iraniano da Hégira para o início do Império Persa, estabelecido a partir da coroação de Ciro, o Grande.[6] Como governante, ele deu início à Revolução Branca, uma série de reformas econômicas, sociais e políticas com a intenção declarada de transformar o Irã em uma potência global, modernizando a nação, e privatizando determinadas indústrias e concedendo o direito de voto às mulheres.[7]
Muçulmano secular, Mohammad Reza perdeu gradativamente o apoio dos clérigos xiitas do Irã, bem como da classe trabalhadora, em virtude especialmente de sua forte política de modernização e secularização, o conflito com a tradicional classe de comerciantes conhecidos como bazaari, as relações com Israel e os problemas de corrupção envolvendo a ele, sua família e a elite dominante. Várias outras políticas controversas foram aprovadas, incluindo a proibição do partido comunista Tudeh e a repressão aos dissidentes políticos por parte do serviço de inteligência iraniano, a SAVAK. Conforme estatísticas oficiais, o Irã tinha mais de 2 200 presos políticos em 1978, um número que se multiplicou rapidamente com a revolução.[8]
Vários outros fatores contribuíram para a forte oposição ao Xá entre determinados grupos dentro do Irã, como o apoio dos Estados Unidos e do Reino Unido ao seu regime, os confrontos com fundamentalistas e o aumento da atividade comunista. Em 1979, a agitação política culminou com uma revolução que, em 17 de janeiro, obrigou-o a deixar o Irã. Logo depois, a monarquia iraniana foi formalmente abolida e o Irã foi declarado uma república islâmica liderada por Ruhollah Khomeini. Diante do risco de ser executado caso retornasse ao Irã, Mohammad Reza morreu no exílio no Egito, onde o presidente Anwar Sadat concedeu-lhe asilo político. Devido ao seu status de último soberano de facto do Irã, ele é muitas vezes referido apenas como "o Xá". Seu filho mais velho, Reza Pahlavi, lidera atualmente o Conselho Nacional do Irã, um declarado governo no exílio.