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Missões religiosas no Estado do Maranhão e do Grão-Pará
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Para compreender a importância das missões religiosas no Império Português é preciso considerar a forte identidade cristã daquele povo forjada no processo de Reconquista e fortalecida pelos sucessos das Grandes Navegações, que o fazia entender que eram um povo eleito que deveria expandir o Reino de Deus/Cristandade[1].
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Outro aspecto que merece atenção é o fato de que o Estado do Maranhão e Grão-Pará teve colonização posterior ao litoral leste do Brasil e era subordinado diretamente a Lisboa e não ao Governador-geral do Brasil. Esse Estado, além da Região Amazônica, também abrangia terras atualmente pertencentes ao Piauí e ao Ceará.
Os Franciscanos da Província de Santo Antônio foram os primeiros missionários a chegar na Amazônia Portuguesa, seguidos pelos jesuítas, pelos carmelitas, pelos Mercedários[2] e pelos capuchinos. Essas missões contavam com o apoio financeiro do Reino de Portugal, em contrapartida, as missões se faziam a conversão dos nativos e prestavam assistência intelectual e espiritual aos colonos. Dentre as congregações religiosas envolvidas nas missões, a Companhia de Jesus (jesuítas) ganharia maior destaque, e o Padres Luís Figueira e Antônio Vieira, merecem especial destaque dentre os jesuítas que atuaram na Amazônia.
As conversões dos nativos por missões religiosas na Amazônia Portuguesa do século XVII (Estado do Maranhão e sucessores), não se restringiam ao âmbito espiritual, pois envolviam um conjunto de mudanças no comportamento dos povos nativos, com o objetivo de transformá-los em vassalos úteis e cristãos e, portanto, incluía objetivos como:
- a erradicação do nomadismo para que houvesse a mudança na organização espacial de suas antigas aldeias, transformando-as em núcleos urbanos;
- o preparo técnico para trabalhos nos ofícios mecânicos e a criação de uma mão de obra disciplinada para o trabalho agrícola;
- a reforma dos seus modos de vida social, criando a estrutura e os vínculos da família cristã.
Também cabe ressaltar que o estabelecimento das missões religiosas católicas na Amazônia Portuguesa buscava conter tentativas de cooptação dos povos nativos pelos calvinistas franceses e dos reformistas ingleses, holandeses e irlandeses que tentaram se estabelecer ao longo do litoral leste-oeste, colocando em perigo os interesses mercantis e políticos dos portugueses na região.
Pablo Magalhães indica que os jesuítas eram vistos como úteis para estabelecer alianças militares com os povos nativos[3].
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/27/Igreja_de_Santo_Alexandre_e_antigo_Col%C3%A9gio_dos_Jesu%C3%ADtas-02.jpg/640px-Igreja_de_Santo_Alexandre_e_antigo_Col%C3%A9gio_dos_Jesu%C3%ADtas-02.jpg)
Para viabilizar esse empreendimento, os missionários tinham também o poder temporal sobre os aldeamentos de povos nativos. Esse poder temporal dos missionários foi objeto de diversos conflitos com os não congregados[4].
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/86/Bernard_Lemercier_-_Vue_de_la_Cath%C3%A9drale.jpg/640px-Bernard_Lemercier_-_Vue_de_la_Cath%C3%A9drale.jpg)
Dentre os colégios fundados pelos jesuítas na época naquela região, merecem destaque o Colégio Nossa Senhora da Luz, em São Luís, fundado em 1622[5] [6], e ficava localizado onde hoje funciona a Catedral de São Luís do Maranhão[7], e Colégio Santo Alexandre, em Belém[8].
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/26/Ilustra%C3%A7%C3%A3o_do_Padre_Luis_Figueira_feita_pelo_pintor_C%C3%83NDIDO_PORTINARI.png/640px-Ilustra%C3%A7%C3%A3o_do_Padre_Luis_Figueira_feita_pelo_pintor_C%C3%83NDIDO_PORTINARI.png)
Dentre as obras que retratam esse período, merecem destaque:
- os escritos de Luís Figueira e de Antônio Vieira;
- "Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão (1627-1698)", de João Felipe Bettendorff[9];
- "Crônica da Companhia de Jesus da Missão do Maranhão", de Domingos de Araújo, publicada em 1720[10]; e
- "História da Companhia de Jesus na Extinta Província do Maranhão e Pará", publicada em 1759, de José de Moraes[11]
Todas escritas por padres jesuítas[12] [13].
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/28/Padre_Ant%C3%B3nio_Vieira.jpg/320px-Padre_Ant%C3%B3nio_Vieira.jpg)