Marxismo centrista
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O centrismo tem um significado específico dentro do movimento marxista, referindo-se a uma posição entre a revolução e o reformismo. Por exemplo, o Partido Social-Democrata Independente da Alemanha e o Partido Trabalhista Independente (Em Inglês, Independent Labour Party, ou ILP) foram ambos vistos como centristas, por oscilarem entre alcançar uma economia socialista através de reformas, e defender a revolução. Os partidos que pertenciam às chamadas Internacionais dois e meia e três e meia, que não podiam escolher entre o reformismo da Segunda Internacional, social-democrata, e a política revolucionária da Terceira Internacional, comunista, foram também exemplares de centrismo neste sentido. Entre eles, incluía-se o Partido dos Trabalhadores Espanhóis da Unificação Marxista (POUM), o ILP e o Poale Zion.
Para os Trotskistas e outros marxistas revolucionários, o termo "centrista", neste sentido, tem uma associação pejorativa. Descrevem frequentemente o centrismo neste sentido como oportunista, uma vez que defende uma revolução em algum momento no futuro, porém, apela a práticas reformistas. Os socialistas libertários e anarquistas também tendem a ver qualquer reformismo como oportunismo político porque consideram o reformismo como sendo incapaz de efetuar mudanças estruturais na organização social. [1]
O termo "centrismo" também denota posições ocupadas por alguns dos Bolcheviques durante a década de 1920. Neste contexto, "centrismo" refere-se a uma posição entre a Oposição de Direita, que apoiou a Nova Política Económica e relações amigáveis com países capitalistas; e a Oposição de Esquerda, que apoiou uma transição imediata para uma economia socialista e uma revolução mundial. No final dos anos 20, as duas fações opostas foram derrotadas por Joseph Stalin, que acabou por obter apoio suficiente dos membros de ambas as fações, através da aplicação de várias ideias formuladas pelos vários líderes das fações, nomeadamente de Leon Trotsky e Nikolai Bukharin.