Maria Leopoldina da Áustria
rainha consorte de Portugal e imperatriz consorte do Brasil (1797–1826) / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Maria Leopoldina da Áustria (nascida Leopoldina Carolina Josefa, em alemão: Leopoldine Caroline Josepha; Viena, 22 de janeiro de 1797 — Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1826), foi uma arquiduquesa da Áustria, a primeira esposa do Imperador Pedro I e Imperatriz Consorte do Brasil de 1822 até sua morte, também brevemente sendo Rainha Consorte de Portugal e Algarves entre março e maio de 1826. Era filha do imperador Francisco I da Áustria e de sua segunda esposa, a princesa Maria Teresa de Nápoles e Sícilia. Também foi cunhada do imperador Napoleão Bonaparte, casado com sua irmã mais velha, Maria Luísa. Seu casamento com Pedro I e sequente independência do Brasil[3] fizeram com que se tornasse a primeira imperatriz consorte do país e a primeira Imperatriz do Novo Mundo. [4][5][6][7][8][9][10]
A educação que Leopoldina recebera em infância e adolescência era eclética e ampla, de nível cultural superior e formação política mais consistente. Tal educação dos pequenos príncipes e princesas da família Habsburgo baseava-se na crença educacional iniciada por seu avô Leopoldo II, que acreditava "que as crianças deveriam ser desde cedo inspiradas a ter qualidades elevadas, como humanidade, compaixão e desejo de fazer o povo feliz".[11] Com uma profunda fé cristã e uma sólida formação científica e cultural – que incluía política internacional e noções de governo –, a arquiduquesa fora preparada desde cedo para reinar.[11][12][13]
É considerada por muitos historiadores como a principal articuladora do processo de Independência do Brasil ocorrido entre 1821 e 1822, notadamente em setembro de 1822.[14][15][16] O historiador Paulo Rezzutti, autor do livro “D. Leopoldina — A história não contada: A mulher que arquitetou a Independência do Brasil”, sustenta que foi em grande parte graças a ela que o Brasil se tornou uma nação. Segundo ele, a prometida de D. Pedro “abraçou o Brasil como seu país, os brasileiros como o seu povo e a Independência como a sua causa”. Foi também conselheira de Pedro em importantes decisões políticas que refletiram no futuro da nação, como o Dia do Fico e a posterior oposição e desobediência às cortes portuguesas quanto ao retorno do casal a Portugal.[17] Consequentemente, por reger o país em ocasião das viagens de Pedro pelas províncias brasileiras, é considerada a primeira mulher a se tornar chefe de estado de um país americano independente.[18][19][20]