Luís Alves de Lima e Silva
militar e político brasileiro / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias (Porto de Estrela, 25 de agosto de 1803 – Valença, 7 de maio de 1880), apelidado de "O Pacificador" e "O Marechal de Ferro",[1] foi um militar, político e monarquista brasileiro. Caxias seguiu uma carreira militar, assim como seu pai e tios. Lutou em 1823 contra Portugal na Independência do Brasil e depois passou três anos na Cisplatina enquanto o governo tentou resistir sem sucesso contra a secessão da província. Caxias permaneceu leal ao imperador Pedro I durante protestos em 1831, apesar de seus familiares terem abandonado o monarca. Pedro I abdicou em favor de seu filho Pedro II, a quem Caxias serviu como mestre de armas, ensinando-lhe esgrima e hipismo, finalmente tornando-se seu amigo.
Luís Alves de Lima e Silva | |
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Caxias aos 75 anos em 1878 | |
8º, 12º e 22º Presidente do Conselho de Ministros do Brasil | |
Período | 3 de setembro de 1856 4 de maio de 1857 |
Imperador | Pedro II |
Antecessor(a) | Marquês do Paraná |
Sucessor(a) | Marquês de Olinda |
Período | 2 de março de 1861 24 de maio de 1862 |
Antecessor(a) | Ângelo Moniz da Silva Ferraz |
Sucessor(a) | Zacarias de Góis |
Período | 25 de junho de 1875 5 de janeiro de 1878 |
Antecessor(a) | Visconde do Rio Branco |
Sucessor(a) | João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu |
Ministro da Guerra do Brasil | |
Período | 14 de junho de 1855 4 de maio de 1857 |
Antecessor(a) | Pedro de Alcântara Bellegarde |
Sucessor(a) | José Antônio Saraiva |
Período | 3 de março de 1861 24 de maio de 1862 |
Antecessor(a) | José Antônio Saraiva |
Sucessor(a) | O Barão de Porto Alegre |
Presidente de São Pedro do Rio Grande do Sul | |
Período | 9 de novembro de 1842 11 de março de 1846 |
Antecessor(a) | Saturnino de Sousa e Oliveira Coutinho |
Sucessor(a) | Patrício José Correia da Câmara |
Período | 30 de junho de 1851 4 de setembro de 1851 |
Antecessor(a) | Pedro Ferreira de Oliveira |
Sucessor(a) | Patrício José Correia da Câmara |
Presidente do Maranhão | |
Período | 17 de fevereiro de 1840 13 de maio de 1841 |
Antecessor(a) | Manuel Felizardo de Sousa e Melo |
Sucessor(a) | João Antônio de Miranda |
Dados pessoais | |
Alcunha(s) | "O Pacificador" "O Marechal de Ferro" |
Nascimento | 25 de agosto de 1803 Porto de Estrela, Rio de Janeiro, Brasil |
Morte | 7 de maio de 1880 (76 anos) Valença, Rio de Janeiro, Brasil |
Progenitores | Mãe: Mariana Cândido de Oliveira Belo Pai: Francisco de Lima e Silva, Barão de Barra Grande |
Alma mater | Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho |
Esposa | Ana Luísa de Loreto Viana |
Filhos(as) | Luísa de Loreto Viana de Lima Ana de Loreto Viana de Lima Luís Alves de Lima e Silva |
Partido | Partido Conservador |
Assinatura | |
Títulos nobiliárquicos | |
Serviço militar | |
Lealdade | Império do Brasil |
Serviço/ramo | Exército Brasileiro |
Anos de serviço | 1821–1880 |
Graduação | Marechal |
Conflitos | Independência do Brasil Guerra da Cisplatina Balaiada Revoltas Liberais Revolução Farroupilha Guerra do Prata Guerra do Paraguai |
Condecorações | Imperial Ordem do Cruzeiro Imperial Ordem da Rosa Imperial Ordem de Pedro I Imperial Ordem de São Bento de Avis Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa |
A regência que governou o Brasil durante a minoridade de Pedro II enfrentou várias revoltas por todo o país. Caxias novamente ficou contra seu pai e tios, que eram simpatizantes dos rebeldes, comandando as forças lealistas de 1839 a 1845 na supressão de revoltas como a Balaiada, as Revoltas Liberais e a Revolução Farroupilha. Sob seu comando o Exército do Brasil derrotou a Confederação Argentina em 1851 na Guerra do Prata. Uma década depois, já como Marechal, ele novamente liderou as forças brasileiras para a vitória, desta vez na Guerra do Paraguai. Como recompensa foi elevado a nobre, tornando-se em sucessão barão, conde, marquês e, por fim, a única pessoa a receber um título de duque durante o reinado de Pedro II.
Caxias se tornou um membro do Partido Regressista na década de 1840, que depois se tornou o Partido Conservador. Foi eleito senador em 1846 e dez anos depois virou o Presidente do Conselho de Ministros. Ocupou o cargo novamente durante um breve período entre 1861 e 1862, porém saiu quando seu partido perdeu a maioria no parlamento. Durante as décadas seguintes, Caxias viu seu partido crescer, alcançar seu apogeu e entrar em declínio por conta de conflitos internos. Voltou à presidência do conselho pela última vez em 1875 e ficou até 1878, porém exerceu mais uma presidência figurativa. Depois de anos com a saúde piorando progressivamente, Caxias faleceu em maio de 1880.
Sua reputação foi ofuscada pela de Manuel Luís Osório, Marquês do Herval, nos anos seguintes a sua morte e, principalmente, depois da abolição da monarquia, porém com o tempo acabou crescendo. Em 13 de março de 1962 foi homologado o título de Patrono do Exército Brasileiro ao Marechal Luiz Alves de Lima e Silva.[2] — incorporando o ideal de soldado e sendo a figura mais importante de sua tradição. Historiadores consideram que ele foi o maior oficial militar da história do Brasil.