Em biologia, a classificação clássica designa a classificação científica tradicional, mais antiga e essencialmente baseada numa análise morfológica comparada. Atualmente, a classificação filogenética, que representa uma nova abordagem que leva igualmente em conta a análise das seqüências de DNA e a análise cladística, torna-se progressivamente o sistema dominante. As diferentes abordagens provocam ainda numerosos pontos de desacordos, que a ciência da classificação tenta preencher por uma abordagem cada vez mais global e evolutiva.
Em botânica, a classificação clássica das angiospermas é a classificação Cronquist (1981) e a classificação filogenética das angiospermas é a classificação APG (1998) ou a classificação APG II (2003).
Em mineralogia, a classificação clássica é a de Strunz (1970). Arranja os minerais em 9 classes, baseados em critérios cristaloquímicos.
A classificação clássica das plantas evoluiu graças ao trabalho de grandes taxonomistas. A classificação clássica é o resultado de trabalhos que se integraram ou completamente ou parcialmente pela comunidade científica. Porém, contrariamente à Linné, a maioria dos taxonomistas trabalhou sobre um conjunto limitado de espécies.
Um sistema de classificação não é necessariamente monolítico e não passa frequentemente através de vários estágios de desenvolvimento, tendo como resultado diversas versões do mesmo sistema.
Quando um sistema é adotado extensamente, muitos autores adotarão sua própria versão particular do sistema. O sistema de Cronquist é bem conhecido por existir em muitas versões.
Um evento marcante foi a publicação de "Species Plantarum" de Linné que serviu como ponto de partida para o uso da nomenclatura binomial das plantas. Por seu porte isto já qualificaria para estar nesta lista, porém não se ocupava das relações além de atribuir às plantas em gêneros.
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