Palácio de La Moneda
sede da Presidência da República do Chile Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Palácio de La Moneda ou simplesmente La Moneda é a sede da Presidência da República do Chile. Também abriga o Ministério do Interior, a Secretaria Geral da Presidência e a Secretaria Geral do Governo.
Palácio de La Moneda | |
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Palacio de La Moneda | |
Fachada do Palácio de la Moneda | |
Informações gerais | |
Tipo | edifício de administração pública |
Estilo dominante | Neoclássico |
Arquiteto(a) | Joaquín Toesca |
Inauguração | século XVIII |
Restauro | 1974-11 de março de 1981 |
Função atual | Sede de governo |
Geografia | |
País | Chile |
Cidade | Santiago |
Coordenadas | 33° 26′ 35″ S, 70° 39′ 14″ O |
Localização em mapa dinâmico |
Está localizado no centro da cidade de Santiago, entre as ruas Moneda (ao norte), Teatinos (a oeste), Morandé (a leste) e a Alameda "Libertador Bernardo O'Higgins" (ao sul). O palácio é ladeado por duas praças: ao sul, pela praça da Cidadania e, ao norte, pela Praça da Constituição.
História
O Palácio de la Moneda foi projetado originalmente para abrigar a Casa da Moeda, quando o Chile era uma colônia espanhola. Devido à falta de recursos do governo colonial, a Casa Real Espanhola entregou o projeto a um particular. Graças ao financiamento por Francisco García de Huidobro, I Marquês de Casa Real, o palácio foi construído entre 1784 e 1812. O arquiteto responsável foi o italiano Joaquín Toesca. A Casa da Moeda foi inaugurada oficialmente em 1805, mas a construção completa só foi finalizada em 1812. Suas paredes são construídas com pedras muito grandes, chegando a mais de um metro de largura, para dar à construção a resistência necessária aos frequentes abalos sísmicos que ocorrem em Santiago. Na realidade, o Palácio de La Moneda é uma das poucas construções da era colonial que ainda permanecem em pé na capital chilena.[1][2]
Durante a independência do Chile, foi neste palácio que se cunharam as primeiras moedas do Chile independente. Durante o mandato do presidente Manuel Bulnes Prieto, em 1845, o Palácio de la Moneda foi convertido em sede do Governo Chileno, e residência oficial de seus presidentes. A função de Casa da Moeda foi exercida até o ano de 1929. Em 1932, uma reforma acrescentou um terceiro pavimento à fachada sul do prédio. Foi residência oficial de presidentes até o final do mandato de Carlos Ibáñez del Campo, em 1958.[1][2]
Durante o golpe de estado de 11 de setembro de 1973, em que foi deposto e morreu - provavelmente cometeu suicídio - o presidente Salvador Allende, o edifício foi duramente bombardeado pelos canhões do Exército chileno e por aviões da Força Aérea chilena. Depois de três horas de luta e bombardeando o Palácio de La Moneda com aviões da força aérea foi este ocupado pelo exército. O efeito dos explosivos, adicionados ao incêndio que se propagou a seguir, destruíram não só parte do prédio como documentos e tesouros inestimáveis. Por exemplo, a Ata de Independência do Chile, de 1818, foi irremediavelmente perdida.[1][2]
Durante a ditadura de Augusto Pinochet algumas áreas foram restritas e modificações foram feitas para reduzir o acesso, por ordem de Augusto Pinochet, para evitar o seu simbolismo. Lanternas do Oriente e do lado oeste entradas, como as do Norte e do Sul, juntamente com os seus portões também foram suprimidas. Entretanto, certas modificações foram introduzidas. A tradicional porta pela rua Morandé 80 foi lacrada, e o salão Independência, onde morreu Salvador Allende, foi eliminado da obra. O edifício foi reinaugurado ao mesmo tempo em que Augusto Pinochet iniciou seu período de governo sob a Constituição de 1980, em 11 de março de 1981. Durante a reconstrução do Palácio de la Moneda, a sede do governo foi o Edifício Diego Portales.[1][2]
Após o fim da era Pinochet, e com a redemocratização do Chile, durante o governo do presidente Eduardo Frei Ruiz-Tagle, o edifício foi repintado em sua cor original, branco gelo. Posteriormente, o presidente Ricardo Lagos Escobar reabriu a passagem para pedestres no interior do palácio e também, em gesto carregado de simbolismo, reabriu a porta pela rua Morandé 80, quando completaram-se 30 anos do golpe militar de 1973. Por esta porta, o presidente pode entrar de modo tranquilo no palácio sem usar o portão principal onde forçosamente deve receber as honras da Guarda. Simbolicamente, é por onde saem os presidentes ao término de seu mandato.[1][2]
Arquitetura
Há próxima ao Palácio uma praça com todos os presidentes em estátuas e destaque acentuado para a estátua de Allende. Nesta praça também estão situados alguns órgãos governamentais e alguns jornais, como o Diário de La Nación. No interior do palácio há um pátio, conhecido como "Patio de los Naranjos", porque há laranjeiras plantadas e frutificantes. A guarda do Palácio e seus arredores é realizada pelo Exército Chileno, que utiliza uniformes muito parecidos com os uniformes da Alemanha pré-Nazista, um reflexo da influência alemã nas forças armadas chilenas ocorrida no início do século XX. O Palácio de la Moneda é destino da maioria das manifestações políticas da população de Santiago. No subsolo da Praça da Cidadania fica o Centro Cultural Palácio La Moneda, um centro cultural com galerias de exposições e que também abriga a Cinemateca Nacional.[1][3]
- La Moneda em 1904.
- Bombardeio ao Palácio de La Moneda durante o golpe militar de 1973.
- Salón Azul, do Palácio de La Moneda.
- Pátio interno do palácio La Moneda, conhecido como Pátio de Los Naranjos.
- Praça da cidadania.
- La Moneda a noite.
Ver também
Referências
- Andrew Benson; Melissa Graham (2009). The Rough Guide to Chile. Penguin. p. 94. ISBN 978-1-4053-8381-3
- «Clásicos de Arquitectura: Palacio de La Moneda / Joaquín Toesca». ArchDaily en Español (em espanhol). 3 de julho de 2018. Consultado em 8 de setembro de 2024
- «tentativelists». whc.unesco.org. Consultado em 8 de setembro de 2024
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