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Língua germânica setentrional Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O norueguês (norsk) é uma língua germânica falada por aproximadamente 5 milhões de pessoas principalmente na Noruega. Proximamente relacionada com o sueco e o dinamarquês, a língua norueguesa pertence ao grupo nórdico das línguas germânicas. O dinamarquês e o norueguês escritos são particularmente próximos, ao passo que a pronúncia norueguesa se assemelha mais ao sueco. Embora a pronúncia de todas as três línguas possa diferir significativamente, os falantes desses três idiomas geralmente compreendem-se entre si com facilidade.[2][3]
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Abril de 2017) |
Norueguês norsk | ||
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Pronúncia: | /nɔʂk/ (Leste e Norte) /nɔʁsk/ (Oeste) | |
Falado(a) em: | Noruega | |
Total de falantes: | 5,32 milhões (2020)[1] | |
Família: | Indo-Europeia | |
Escrita: | Alfabeto latino | |
Estatuto oficial | ||
Língua oficial de: | Noruega Conselho Nórdico | |
Regulado por: | Conselho do Idioma Norueguês (Bokmål e Nynorsk) Academia Norueguesa de Língua e Literatura (riksmål) Ivar Aasen-sambandet (Høgnorsk) | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | nb (Bokmål) | |
ISO 639-2: | nor | |
ISO 639-3: | nor
| |
Áreas onde o norueguês é falado, incluindo os estados norte-americanos da Dakota do Norte (onde 0,4% da população fala norueguês) e Minnesota (0,1% da população) (dados: Censo dos Estados Unidos 2000). |
Como as demais línguas escandinavas, o norueguês procede de um tronco comum, o protonórdico, do qual restam alguns fragmentos de inscrições rúnicas do século III. Em função das mudanças dialetais que o protonórdico sofreu durante a Era Viquingue (800-1050), o norreno ou nórdico antigo apareceu como entidade própria em toda a Escandinávia e regiões adjacentes, e foi difundido pelas emigrações dos noruegueses à Islândia e outras regiões do Atlântico Norte. O alfabeto latino, introduzido junto com o cristianismo, substituiu os símbolos rúnicos. No século XI o norueguês já constituía um idioma próprio, e já possuía uma grafia própria. Nos séculos seguintes, a língua falada na Noruega sofreu a influência do dinamarquês, do baixo alemão e do sueco. Entre 1380 e 1814, devido a anexação da Noruega à coroa da Dinamarca, passou a ser decisiva a influência dinamarquesa.
O dinamarquês ocupou a condição de língua oficial da Noruega a partir de 1397, e inclusive se converteu na norma para a língua escrita no século XVI. As classes cultas da Noruega, sobretudo as urbanas, empregavam o dinamarquês, e nas zonas rurais as classes populares utilizavam os dialetos noruegueses. No século XIX apareceu uma forma aprimorada de dinamarquês que foi denominado dano-norueguês, dinamarquês em estrutura e léxico, mas com influência norueguesa na pronúncia e em alguns mecanismos gramaticais. Mais tarde chamada riksmål (literalmente "língua do país"), é a língua oficial da Noruega, na qual se expressaram numerosos autores, como o dramaturgo Henrik Ibsen.
Paralelamente, e como consequência do grande sentimento nacionalista, aflorou entre as classes populares o desejo de reconhecer sua língua como sinal de identidade. Em meados do século XIX e em resposta a tais desejos, o linguista Ivar Aasen inicia a construção de uma nova língua escrita que se configure como norma nacional, o landsmål (língua do campo), baseada nos dialetos noruegueses falados na costa oeste do país e isenta de danicismos. Com este esforço, foi conquistado o apoio popular e esta língua com a evolução posterior se converteu na segunda língua em importância. Houve apoio principalmente da população rural do oeste da Noruega, que sentia que a língua escrita oficial era demasiado diferente dos dialetos que o povo utilizava no dia-a-dia.
Sob essa pressão, o riksmål sofreu uma série de reformas (1907, 1917 e 1938), que beneficiaram os elementos claramente nacionais tanto na língua falada como na escrita. As duas variedades trocaram de nome e a riksmål passou a chamar-se bokmål (língua do livro), enquanto a landsmål passou a chamar-se nynorsk (neonorueguês). As duas possuem a mesma consideração legal e docente. A primeira todavia é a língua predominante no leste do país e a segunda no oeste. Cada município elege qual variedade escrita será empregada e ensinada na escola, sendo o ensino da outra variedade obrigatório no ensino secundário.
Durante séculos, a Noruega pertenceu à Dinamarca, e o dinamarquês foi a língua escrita do país. Após a libertação, no século XIX, os Noruegueses apostaram em criar uma língua escrita norueguesa própria. Surgiram então dois métodos concorrentes: Adaptar a ortografia dinamarquesa à língua falada norueguesa (o Bokmål) ou criar uma nova ortografia a partir da língua falada norueguesa (o Nynorsk). [4]
Depois de intensivos debates nos séc. XIX e XX, ficou estabelecida em 1929 a existência de duas formas oficiais do norueguês escrito (målformer), reguladas pelo "Conselho da Língua" (Språkrådet) e gozando do mesmo estatuto linguístico e jurídico: [5] [6] [7]
Enquanto a ortografia ”nynorsk” é sobretudo usada pelos residentes numa faixa na costa e nas montanhas centrais do país, a ortografia ”bokmål” é sobretudo usada pela população urbana e é a forma de escrita usada na administração, negócios e meios de comunicação.
Na escola, os alunos usam uma das duas formas de escrita, aprendendo todavia de forma complementar a outra forma de escrita.
As comunas podem optar por uma de três opções: bokmål, nynorsk ou nøytral. Atualmente, 160 usam o bokmål como ortografia oficial, 113 o nynorsk, e 155 são neutrais (nøytral). [8] [9] [10]
Português | Bokmål | Nynorsk |
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Noruega | Norge | Noreg |
Eu | Jeg | Eg |
Ela | Hun | Ho |
os barcos | båtene | båtane |
as casas | husene | husa |
um homem pequeno | en liten mann | ein liten mann |
uma mulher pequena | en liten kvinne | ei lita kvinne |
Eu venho da Noruega. | Jeg kommer fra Norge. | Eg kjem frå Noreg. |
Como se chama ele? | Hva heter han? | Kva heiter han? |
Isto não é um cavalo. | Dette er ikke en hest. | Dette er ikkje ein hest. |
O arco-íris tem muitas cores. | Regnbuen har mange farger. | Regnbogen har mange fargar. |
Anteriormente, o bokmål ("língua dos livros") era também designado como riksmål ("língua do reino"), dansk-norsk ("dano-norueguês") [11] ou norsk-dansk ("noruego-dinamarquês"). [12] Por seu lado, o nynorsk ("neonorueguês") [11] ou "novo norueguês" era também designado como landsmål ("língua do país"). [13]
A gramática do nynorsk foi totalmente baseada nos dialetos falados no país, porém em nenhuma região em toda a Noruega se fala apenas nynorsk. Há também uma outra forma escrita não oficial extensamente usada da língua norueguesa, o riksmål ("língua do reino"), assim como uma minoria também usa o não oficial høgnorsk ("alto norueguês").
O norueguês falado costuma ser dividido em quatro grupos de dialetos, mais ou menos homogêneos quanto à pronúncia, léxico e sintaxe, estando todavia a maioria deles mais próxima do nynorsk do que do bokmål.[14][15]
A língua norueguesa (norsk) é a única língua germânica com duas variantes oficiais: a neonorueguesa (nynorsk) e a dano-norueguesa (bokmål), com mais de 4 milhões de falantes, incluindo 20.000 saamis (lapões) que são bilíngues. As duas línguas, a neonorueguesa e a dano-norueguesa são línguas oficiais no país e todos os cidadãos têm o direito de receber quaisquer solicitação ou contestação em qualquer das duas línguas. No momento atual, 83% da população recebe sua educação primária em bokmål e 17% em nynorsk, ainda que estas diferenças aumentem em níveis educacionais mais elevados, nas forças armadas, publicações, etc. Os locais de predominância do nynorsk são distritos rurais no interior do sul da Noruega e sobretudo nos distritos menos centralizados do oeste da Noruega.
Durante o período em que a língua dinamarquesa era a língua escrita da Noruega (1380-1814) a maior parte dos noruegueses falavam seus próprios dialetos locais e pronunciavam o dinamarquês usando seus próprios sons noruegueses. Por não haver normas para o norueguês, elas foram criadas a partir dos dialetos populares ou por meio de trocas graduais no dinamarquês normativo falado pelas classes educadas urbanas. Como resultado, desenvolveram-se duas normas modernas: a neonorueguesa estabelecida sobre a base dos dialetos locais pelo linguista e poeta Ivar Aasen em meados do século XIX e a dano-norueguesa que é a língua falada pela maioria da população.
A ideia original era a unificação das duas línguas (samnorsk), mas a realidade é que isso está longe de se tornar realidade, mesmo a situação atual sendo de coexistência pacífica entre ambas. Nesse sentido, a Noruega é um exemplo de tolerância linguística.
A escrita rúnica esteve em uso na Noruega desde pelo menos o século IV. A escrita rúnica se conservou até o século XVIII em comunidades arcaicas tais como em Oppdal (região vizinha à Suécia), ainda que no geral após o século XIV seu uso tenha sido bastante reduzido. Em 1599 surgiu um manual sueco de runologia, data a partir da qual a escrita rúnica poderia ser produto da tradição nativa ou da aprendizagem através dos livros.
Os escritores que utilizavam o pergaminho ou peles de animais durante o período do norueguês médio já usavam o alfabeto latino, que havia sido introduzido a partir da Inglaterra em algum momento em meados do século XI. O alfabeto norueguês moderno consta de 26 letras latinas padrão com mais três adicionais: æ, ø, å. O uso de sinais diacríticos é limitado.
A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z | Æ | Ø | Å |
a | b | c | d | e | f | g | h | i | j | k | l | m | n | o | p | q | r | s | t | u | v | w | x | y | z | æ | ø | å |
As letras a, e, i, o, u, y, æ, ø, å representam vogais. As letras c, q, w, x, z só são utilizadas em alguns prenomes, sobrenomes de família e palavras de origem estrangeira. Os acentos agudo, grave e circunflexo podem ser utilizados para distinguir entre certos homógrafos, e também em palavras de origem estrangeira para assinalar a sílaba tónica ou preservar a grafia original. No entanto, são obrigatórios só em nomes. Aa e aa podem ocorrer em prenomes e apelidos em vez de Å e å.
A maioria dos dialectos têm 18 vogais simples e seis ditongos.
anterior | média | posterior | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
não arredondada | arredondada | |||||||
longa | curta | longa | curta | longa | curta | longa | curta | |
fechada | iː | i | yː | y | ʉː | ʉ | uː | u |
média | eː | e | øː | ø | ɔː | ɔ | ||
aberta | æː | æ | ɑː | ɑ |
Os ditongos, /æi øy æʉ ɑi ɔy ʉi/, são representados na escrita como "ei, øy, au, ai, oi, ui".
Bilabiais | Labiodentais | Laminais alveolares | Apicais | Palatais | Velares | Glotal | |||||||
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Surdas | Sonoras | Surdas | Sonoras | Surdas | Sonoras | Surdas | Sonoras | Surdas | Sonoras | Surdas | Sonoras | Surda | |
Oclusivas | p | b | t | d | ʈ² | ɖ² | c¹ | ɟ¹ | k | g | |||
Nasais | m | n | ɳ² | ɲ¹ | ŋ | ||||||||
Fricativas | f | s | ʂ | ç | |||||||||
Líquidas | l | ɾ3, ɽ4, ɭ | ʎ¹ | ||||||||||
Aproximantes | ʋ | j | h |
Ao contrário das demais línguas escandinavas, incluindo a maioria dos dialetos de bokmål, o nynorsk conserva o uso do gênero feminino juntamente com o neutro e o masculino, que nas demais línguas absorveu os lexemas masculinos. Os artigos indefinidos de cada gênero e os artigos definidos enclíticos são os seguintes:
Masculino: en hund - hunden (um cão - o cão);
Feminino: ei jente - jenta (uma menina - a menina);
Neutro: et hus - huset (uma casa - a casa);
Norsk skriftspråk og normert talemål finnes i to hovedvarianter, bokmål og nynorsk
Språkrådet er statens rådgivende organ i spørsmål som gjelder norsk språk (bokmål, nynorsk og minoritetsspråk), både overfor offentlige institusjoner og allmennheten.
Noen statistikk over nynorskbrukere finnes ikke, men tallet blir alminnelig antatt å ligge mellom 10 og 15 prosent.
Bokmål er fra 1929 den ene av de to offisielle målformene i Norge: bokmål og nynorsk.
Nynorsk og bokmål er dei to skriftspråksvariantane av norsk
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