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historiador brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
José Honório Rodrigues (Rio de Janeiro, 20 de setembro de 1913 — Rio de Janeiro, 6 de abril de 1987) foi um advogado, historiador e escritor brasileiro. Notabilizou-se, sobretudo, pelas suas publicações acerca da história da historiografia brasileira.
José Honório Rodrigues | |
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Nascimento | 20 de setembro de 1913 Rio de Janeiro, Brasil |
Morte | 6 de abril de 1987 (73 anos) Rio de Janeiro, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Historiador |
Principais interesses | |
Instituições |
José Honório Rodrigues nasceu no ano de 1913, na cidade do Rio de Janeiro enquanto a cidade ainda era capital federal do Brasil.[1][2]
Rodrigues graduou-se no curso de Direito na Faculdade Nacional de Direito (FND) vinculado a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no ano de 1937.[3]
O seu primeiro trabalho de relevância foi Civilização Holandesa no Brasil, publicado em 1940, em coautoria com Joaquim Ribeiro - livro que receberia o Prêmio de Erudição da Academia Brasileira de Letras (ABL).[4] No biênio de 1943 e 1944, patrocinado com uma bolsa de estudos pela Fundação Rockefeller, residiu e pesquisou nos Estados Unidos, onde também frequentou cursos acadêmicos na Universidade Columbia.[5][6] Data desta época o seu interesse pelo estudo da história da historiografia brasileira, que o acompanharia ao longo de toda a sua trajetória profissional.[7]
Depois do seu retorno ao Brasil, ingressou nos quadros do Instituto Nacional do Livro.[8] Entre os ano de 1946 e 1958, foi diretor da Seção de Publicações e Obras Raras da Biblioteca Nacional do Brasil (BN).[9]
No ano de 1958, recebeu o cargo de diretor do Arquivo Nacional (AN), o qual ocuparia até 1964.[10] Paralelamente a essas funções, exerceu ainda, entre os anos de 1948 de 1951, o cargo de diretor da Seção de Pesquisas do Instituto Rio Branco (IRBr).[5][11] Ao longo da sua carreira, foi professor em diversas instituições de ensino superior e programas de pós-graduação no Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), professor de Pós-Graduação na Universidade Federal Fluminense (UFF) e de Doutorado da Universidade Federal do Rio de Janeiro.[1] Foi, ademais, professor visitante em diversas universidades estadunidenses.[1]
Foi membro da Academia Brasileira de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), da Academia Portuguesa da História (APH), da American Historical Association (Estados Unidos), da Royal Academy of History (Inglaterra) e da Sociedade Histórica de Utrecht (Países Baixos).[1][12][13]
Rodrigues morreu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 6 de abril de 1987 aos setenta e três anos, no Hospital Samaritano localizado no bairro do Botafogo vitimado por insuficiências cardíaca e respiratória.[14] Sua morte causou enorme comoção.[14] Na matéria do Jornal do Brasil sobre sua morte, recebeu elogios e lamentações de personalidades como Arnaldo Niskier, Israel Bloch, Celina Moreira Franco, Austregésilo de Athayde e Hélio Silva.[14]
Após o seu falecimento, Lêda Boechat Rodrigues, esposa e companheira intelectual de Rodrigues, foi responsável por coordenar, organizar os arquivos e publicar as obras que ainda não haviam sido publicadas.[15]
Dada toda sua carreira, Rodrigues é considerado um dos mais conceituados historiadores brasileiros.[16][17] Colaborou no Programa de História da América, promovido pelo Instituto Pan-Americano de Geografia e História, de que resultaram três séries de publicações universitárias e um livro conjunto para o ensino de História da América. Participou dos debates de várias reuniões e sua colaboração está no livro Brasil. Período colonial (1953). Foi conferencista em várias universidades brasileiras e norte-americanas e, entre 1956 e 1964, na Escola Superior de Guerra, onde se graduou.[18]
(...) Esse despertar fez com que eu tentasse nas minhas obras seguintes encontrar sempre uma explicação em fato histórico passado para problemas da atualidade (...)— José Honório Rodrigues[19]
Recebeu o Prêmio Clio de Historiografia da Academia Paulista de Letras (1980), Prêmio de História do Instituto Nacional do Livro (1980) e a Medalha do Congresso Nacional (1980).[1][20]
Foi o terceiro ocupante da cadeira 35, que tem como patrono Aureliano Tavares Bastos.[21] Foi eleito em 4 de setembro de 1969, na sucessão de Rodrigo Otávio Filho, e recebido pelo acadêmico Barbosa Lima Sobrinho em 5 de dezembro de 1969.[1]
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