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João de Valois, o Magnífico (Vincennes, 30 de novembro de 1340 - Nesles, 15 de junho de 1416) foi Duque de Berry e de Auvérnia, Conde de Montpensier, de Etampes, de Bolonha e de Mâcon, conde de Poitiers, par de França. Era o 3º filho do rei João II de França e irmão de Carlos V de França, Luis I de Nápoles e de Filipe II, Duque da Borgonha.[1]
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João de Berry | |
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Duque de Berry | |
Imagem de João, Duque de Berry do Très Riches Heures | |
Nascimento | 30 de novembro de 1340 (683 anos) |
Castelo de Vincennes | |
Morte | 15 de junho de 1416 (75 anos) |
Paris | |
Esposas | Joana de Armagnac Joana II de Auvérnia |
Descendência | Carlos, Conde de Montpensier João, Conde de Montpensier Luís de Berry Bona, Condessa de Armagnac Maria, Duquesa de Auvérnia |
Casa | Casa de Valois |
Pai | João II de França |
Mãe | Bona de Luxemburgo |
Brasão |
Depois da batalha de Poitiers, em virtude do Tratado de Brétigny, permaneceu como refém na Inglaterra até 1367.[1] Reinando o sobrinho, Carlos VI, assinalou-se no governo do Languedoque de 1380 a 1388 por extorsões e malversações.[1] Privado do cargo quando da chegada ao poder dos Marmousets, vingou-se quando o rei enlouqueceu. Repartiu então a autoridade com o irmão, duque da Borgonha e o sobrinho, duque de Orleans. Entre ambos, teve de início um papel conciliador, embora manifestando preferências por Borgonha. Reprovou o assassinato de Orleans por João Sem Medo em 1407 mas não o impediu de fugir. Mal recompensado por sua boa disposição natural, a partir de 1410 mudou bastante - sem abandonar o papel de mediador, favoreceu os Armagnacs e depois negociou com os Ingleses, em 1412. Nomeado capitão de Paris, tenente do Languedoque em 1412, dotado de pensões, pôde pagar suas dívidas - cuja importância se explica por seus gostos dispendiosos. Vaidoso, sensual, sem escrúpulos, protegeu as artes e letras e foi grande mecenas. Decorou com magnificência seus castelos (em Mehun-sur-Yèvre, Riom, Poitiers, Bicêtre). André Beauneveu, Jacquemart de Hesdin, os irmãos Limbourg das belíssimas iluminuras, trabalharam para ele - sua biblioteca continha os mais belos manuscritos do século XIV.
Apesar de ser um político experiente, tinha pouco interesse na vida militar e gastava grande parte do seu tempo e do seu dinheiro (muito do qual recebido dos impostos da região do Languedoque que governava) na sua colecção de objectos de arte e curiosidades. Seus interesses, que incluíam um Jardim Zoológico e um casal de ursos que o acompanhava por toda a parte, tornaram-no bastante impopular. Em 1388, Carlos VI tirou os tios do conselho de estado e Berry retirou-se para suas propriedades.
Na segunda fase da Guerra dos Cem Anos, Berry foi uma figura respeitada e um político moderado que influenciou como negociador nos conflitos entre os sobrinhos João, Duque da Borgonha e Luís de Valois, Duque de Orléans que fracturavam a unidade francesa. Está sepultado em Bourges.
Casou em Mehun-sur-Yèvre em 24 de junho de 1360 com Joana de Armagnac (morta em março de 1387), filha de João I, conde de Armagnac, e de Beatriz de Bourbon, condessa de Charolais; teve cinco filhos.
Casou depois em Riom em 5 de junho de 1390 com Joana II (1378-1424), condessa de Auvérnia e Bolonha, filha de João II, conde de Bolonha, Delfim de Auvérnia e de Eleonora de Cominges; sem posteridade.
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