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Jaime Hamilton, Duque de Châtellerault e 2.º Conde de Arran (em inglês: James Hamilton; c. 1516 — 22 de janeiro de 1575), foi um nobre escocês e regente de Maria da Escócia.
Jaime Hamilton | |
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Jaime Hamilton, conde de Arran, duque de Châtellerault | |
Nascimento | 1516 |
Morte | 22 de janeiro de 1575 |
Cidadania | Escócia |
Progenitores |
|
Cônjuge | Margarida Douglas |
Filho(a)(s) | Anne Hamilton, João Hamilton, Claud Hamilton, Joana Hamilton, Bárbara Hamilton, James Hamilton, Gawain Hamilton, Davi Hamilton |
Irmão(ã)(s) | John Hamilton, James Hamilton de Finnart |
Ocupação | político |
Título | conde |
Hamilton era o filho legítimo mais velho de Jaime Hamilton, 1.º Conde de Arran.
Por intermédio de sua avó paterna Maria Stewart, Hamilton era bisneto de Jaime II da Escócia. Com a morte de John Stuart, Duque de Albany, em 1536, Arran tornou-se o próximo herdeiro do Reino da Escócia, depois da família imediata do rei.
As crianças da família real provaram durar poucos anos de vida, por isso, por ocasião da morte de Jaime V da Escócia em 1542 o conde de Arran passou a ser o próximo na linha sucessória do trono escocês depois da filha recém-nascida do rei de apenas seis dias de vida, Maria da Escócia, para quem foi nomeado regente. Em 1543, os partidários de Mateus Stuart, 4 º Conde de Lennox, contestaram a afirmação e a legitimação de Arran, sugerindo que o divórcio de seu pai e o segundo casamento eram inválidos.[1]
Inicialmente um protestante e membro do partido pró-ingleses em 1543, Hamilton esteve envolvido nas negociações do casamento da rainha da Escócia com o infante Príncipe de Gales (o futuro Eduardo VI da Inglaterra). O cardeal Beaton, que era favorável à Auld Alliance, foi aprisionado no Palácio de Dalkeith e depois no Castelo Blackness. Henrique VIII da Inglaterra duvidava do compromisso de Arran para com a política inglesa e queria vê-lo deposto. Em 18 de março de 1543, Sir George Douglas de Pittendreich, irmão do Conde de Angus, contou para o embaixador inglês, Ralph Sadler, que este não era o momento ideal para qualquer tentativa de trazer o governo do reino da Escócia para junto da influência direta do rei da Inglaterra, que o povo, os nobres e todos os clérigos estariam totalmente contra isso.[2]
Em 3 de setembro de 1543, houve pânico em Edimburgo, quando se soube que Arran discretamente deixou a cidade. Apesar de ele ter dito que estaria visitando sua esposa grávida no Castelo Blackness, o partido pró-ingleses achou que ele tentaria se encontrar com o cardeal Beaton. O regente e o cardeal haviam se reconciliado em Callendar House.[3] Pouco depois, Arran tornou-se católico e aderiu à facção pró-franceses, consentindo o casamento da Rainha com o Delfim francês, mais tarde Francisco II da França, e recebeu em troca, o Ducado do Châtellerault.[4] Isto levou a uma guerra de sete anos com a Inglaterra, atualmente chamada de Rough Wooing, que foi declarada em 20 de dezembro de 1543. A declaração de guerra foi levada por Henry Ray e entregue ao Parlamento da Escócia. Arran respondeu que o parlamento estava dissolvido, e que ele não responderia a Henrique VIII os pontos levantados na época.[5] Em 1548, Maria da Escócia foi viver na corte francesa. Por seu empenho nas negociações de seu casamento, Hamilton recebeu o título de Duque de Châtellerault, e feito cavaleiro da Ordem de São Miguel.
Em 1554, Arran entregou a regência para Maria de Guise, mãe da rainha Maria. Hamilton desistiu do cargo com a condição de que ele seria o próximo na linha sucessória depois da Rainha, caso ela morresse sem deixar filhos. Mas a sucessão escocesa já tinha sido secretamente prometida para a França.
Nos primeiros meses da Reforma Escocesa, Hamilton continuou a apoiar Maria de Guise. Enfrentou um exército protestante com o comandante francês em Cupar Muir em junho de 1559. Em agosto de 1559, mudou de lado juntando-se ao grupo de nobres protestantes escoceses denominados Senhores da Congregação para se opor à regência de Maria de Guise, e como consequência disso, perdeu seu ducado francês. Após a morte de Guise, Hamilton convenceu o Parlamento da Escócia a fazer um plano para casar seu filho Jaime com Elizabeth I da Inglaterra,[6] e, logo após a morte de Francisco II da França em 1560, tentou, sem sucesso, arranjar para Jaime o casamento com a jovem viúva, a rainha Maria.
Depois que Maria se casou com Lorde Darnley em 1565, Hamilton foi viver em sua propriedade na França. Em 1569, retornou para a Escócia e foi preso, até que, em 1573, concordou em reconhecer o filho de Maria, Jaime, como Rei da Escócia.
Hamilton casou em 1532 com Margaret Douglas, filha de Jaime Douglas, 3.º Conde de Morton, e de Catherine Stewart, filha natural de Jaime IV. Seu meio-irmão mais velho, Jaime Hamilton de Finnart pagou a Morton 4 000 marcos, como parte do acordo de casamento.[7] Eles tiveram os filhos:
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