Intolerância (1916)
filme mudo norte-americano / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Intolerância[2][3] (em inglês: Intolerance: Love's Struggle Throughout the Ages ou, originalmente em inglês: Intolerance: A Sun-Play of the Ages) é um filme mudo norte-americano de 1916 dirigido por D. W. Griffith, sendo considerado uma das obras-primas do cinema mudo[4].
Intolerance: A Sun-Play of the Ages | |
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Intolerance: Love's Struggle Throughout the Ages | |
Poster original do filme | |
No Brasil | Intolerância |
Em Portugal | Intolerância |
Estados Unidos 1916 • p&b • 210 min | |
Género | drama ficção histórica |
Direção | D.W. Griffith |
Roteiro | D.W. Griffith Hettie Grey Baker Tod Browning Anita Loos Mary H. O'Connor Frank E. Woods Walt Whitman (poema) |
Elenco | Lillian Gish Vera Lewis Ralph Lewis Mae Marsh Robert Harron Constance Talmadge Josephine Crowell Margery Wilson Frank Bennett Elmer Clifton Miriam Cooper Alfred Paget |
Música | Joseph Carl Breil Julián Carrillo Carl Davis (para a restauração de 1989) |
Cinematografia | Billy Bitzer |
Edição | D. W. Griffith James Smith Rose Smith |
Distribuição | Triangle Distributing Corporation |
Lançamento | 4 de setembro de 1916 6 de abril de 1923 |
Idioma | mudo (intertítulos em inglês) |
Orçamento | 385 907 de dólares[1] |
Receita | 1 milhões de dólares |
O épico de três horas e meia de duração apresenta quatro linhas narrativas, cada uma com a sua própria tonalidade de cor distinta na impressão original, mas não nas versões atualmente disponíveis[5], emaranhadas ao longo de um período de 2 500 anos:
- a primeira é um 'melodrama contemporâneo' (1914) envolvendo crime e redenção (tonalidade âmbar)[5];
- a segunda é uma 'história bíblico-galileia' (27) mostrando a missão de Jesus e a sua morte (tonalidade azul)[5];
- a terceira é uma 'história renascentista francesa' com eventos antecedendo o massacre da noite de São Bartolomeu em 1572 (tonalidade sépia)[5];
- a quarta é uma 'história babilónica' à época da queda do Império babilónico perante os Persas em 539 a.C., na batalha de Opis (tonalidade verde-cinza)[5].
As cenas são interligadas por tomadas de uma figura representando a Maternidade Eterna, embalando um berço[5].
Intolerância foi feito parcialmente em resposta às críticas ao filme anterior de Griffith, The Birth of a Nation, que foi acusado pela NAACP e por outros grupos de perpetuar estereótipos raciais e de glorificar a Ku Klux Klan[6][7]. Não foi, no entanto, um pedido de desculpas, pois Griffith sentia que não tinha nada pelo que se desculpar[8]; em várias entrevistas, Griffith deixou claro que o título do filme e os temas predominantes eram uma resposta àqueles que, ele sentia, haviam sido intolerantes para com ele em condenar The Birth of a Nation[9]. Nos anos que se seguiram ao seu lançamento, Intolerância influenciou fortemente os movimentos do cinema europeu. Em 1989, foi um dos primeiros filmes selecionados para preservação no Registro Nacional de Filmes dos Estados Unidos.