Infusão da alma
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Em religião, a infusão da alma (em inglês, ensoulment) é o momento em que um ser humano ganha uma alma. Algumas religiões dizem que uma alma é recém-criada dentro de uma criança em desenvolvimento e outras, especialmente em religiões que acreditam na reencarnação, que a alma é preexistente e adicionada em um estágio particular de desenvolvimento.
No tempo de Aristóteles, acreditava-se amplamente que a alma humana entrava no corpo em formação aos 40 dias (embriões masculinos) ou 90 dias (embriões femininos), e a vivificação (momento durante a gravidez quando a mulher grávida começa a sentir ou perceber movimentos fetais no útero) era uma indicação da presença de uma alma. Outras visões religiosas são que a infusão da alma acontece no momento da fecundação; ou quando a criança dá o primeiro fôlego depois de nascer;[1][2] na formação do sistema nervoso e cérebro; na primeira atividade cerebral; ou quando o feto é capaz de sobreviver independentemente do útero.[3]
O conceito está intimamente relacionado aos debates sobre a moralidade do aborto, bem como a moralidade da contracepção. As crenças religiosas de que a vida humana tem um caráter inato e sagrado motivaram muitas declarações de líderes espirituais de várias tradições ao longo dos anos. No entanto, as três questões não são exatamente paralelas, dado que várias figuras argumentam que algum tipo de vida sem alma, em vários contextos, ainda tem um valor moral que deve ser considerado.