Império Colonial Neerlandês
territórios ultramarinos controlados pela República Neerlandesa e os Países Baixos / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Império Colonial Neerlandês ou simplesmente como Império Neerlandês, também conhecido popularmente como Império Colonial Holandês ou Império dos Holandeses (em neerlandês: Het Nederlandse Koloniale Rijk), eram os territórios ultramarinos e postos de comércio controlados e administrados por empresas majestáticas neerlandesas (principalmente a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais e a Companhia Holandesa das Índias Orientais) e, posteriormente, pela República Neerlandesa (1581-1795) e pelo moderno Reino dos Países Baixos depois de 1815.[1] Inicialmente, era um sistema baseado no comércio que derivava a maior parte de sua influência da empresa mercantil e do controle neerlandês das rotas marítimas internacionais através de postos avançados estrategicamente posicionados, ao invés de empreendimentos territoriais expansivos.[2][1] Com algumas notáveis exceções, a maioria das propriedades ultramarinas do império colonial neerlandês consistia em fortes costeiros, fábricas e assentamentos portuários com diferentes graus de incorporação de seu interior e regiões vizinhas.[2] As companhias majestáticas neerlandesas muitas vezes ditavam que suas posses deviam ser mantidas o mais confinadas quanto possível, a fim de evitar gastos desnecessários,[3] e, enquanto alguns lugares, como a Colônia do Cabo (atual África do Sul) e as Índias Orientais Neerlandesas (atual Indonésia) expandiram-se de qualquer maneira (devido à pressão de colonos neerlandesss de mentalidade independente do governo), outros permaneceram como centros de comércio isolados e subdesenvolvidos, dependentes de uma nação anfitriã nativa.[2] Isto refletia o propósito primordial do império colonial neerlandês: o intercâmbio comercial em oposição à soberania sobre terrenos homogêneos.[2]
Nederlandse Koloniale Rijk Império Colonial Neerlandês | ||||
Império | ||||
| ||||
Bandeira | ||||
Territórios que formaram o Império Neerlandês. | ||||
Continente | Europa, América, África, Ásia e Oceania | |||
Capital | Amsterdão | |||
Língua oficial | Neerlandês | |||
Religião | Igreja Reformada Holandesa
Igreja Católica Romana Judaísmo | |||
Governo | República (1602-1815) Monarquia (1815-1975) | |||
Rei | ||||
• 1602-1625 | Maurício de Orange | |||
• 1948-1980 | Juliana I | |||
Período histórico | Colonialismo | |||
• 1602 | Conquista de Ceilão | |||
• 25 de novembro de 1975 | Independência do Suriname | |||
Atualmente parte de | ||||
Gentílico: neerlandês (esa) |
As ambições imperiais dos neerlandeses foram reforçadas pela força de sua indústria naval, bem como pelo papel fundamental que desempenharam na expansão do comércio marítimo entre a Europa e o Oriente.[4] Como as pequenas empresas comerciais europeias frequentemente não tinham o capital ou a mão de obra para operações de larga escala, os Estados Gerais fundaram as duas Companhias Holandesas das Índias no início do século XVII.[4] Estas foram consideradas as maiores e mais extensas empresas de comércio marítimo da época e detinham o monopólio virtual das rotas marítimas europeias estratégicas para o oeste, através do hemisfério sul em torno da América do Sul pelo Estreito de Magalhães, e para o leste, ao redor da África, além do Cabo da Boa Esperança..[4] O domínio das empresas no comércio global contribuiu grandemente para uma revolução comercial e um florescimento cultural nos Países Baixos do século XVII, conhecido como a Era de Ouro Holandesa.[5] Em sua busca por novas passagens comerciais entre a Ásia e a Europa, navegadores holandeses exploraram e mapearam regiões distantes como Nova Zelândia, Tasmânia e partes da costa leste da América do Norte.[6]
No século XVIII, o império colonial neerlandês começou a declinar como resultado da Quarta Guerra Anglo-Holandesa, entre 1780 e 1784, na qual a Holanda perdeu algumas de suas possessões coloniais e vendeu monopólios ao Império Britânico.[7] No entanto, grandes porções do império sobreviveram até o advento da descolonização global após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), ou seja, as Índias Orientais (Indonésia) e a Guiana Neerlandesa (Suriname).[8] Três antigos territórios coloniais nas ilhas das Antilhas ao redor do Mar do Caribe - Aruba, Curaçau e São Martinho - permanecem como países constituintes representados no Reino dos Países Baixos.[8]