História da Noruega
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O território que hoje é a Noruega foi habitado por populações germânicas desde a pré-história. Os primeiros vestígios humanos no país encontram-se ao longo da costa, cuja fauna proporcionava um meio de vida para os pescadores e caçadores lapões. É possível que estes tenham penetrado no norte da Noruega, vindos da Ásia central, por volta de 10 000 a.C., quando o interior do país estava ainda coberto pelo gelo da última glaciação. No sul da Noruega encontraram-se artefatos, datados de 5 000 a.C., que dão uma ideia bastante clara sobre a vida desses caçadores e pescadores. Entre 3 000 e 2 500 a.C., novos imigrantes estabeleceram-se no leste da Noruega. Eram comunidades de agricultores e criadores de gado, com uma língua germânica, e que se estabeleceram nas margens dos grandes lagos e fiordes e, paulatinamente, substituíram os caçadores e pescadores da costa oeste, embora a caça e a pesca se tenham mantido como atividades secundárias de subsistência.
Por volta de 1 500 a.C., introduziu-se o uso do bronze, que durante muito tempo coexistiu com os instrumentos de pedra. Da idade do ferro há poucos vestígios, pois nos 500 anos anteriores à era cristã o costume de incinerar os cadáveres provocou a destruição dos adereços funerários.
No ano 5 a.C., uma frota romana alcançou a costa norueguesa. O contato com as civilizações meridionais favoreceu o desenvolvimento da escrita rúnica, cujas primeiras manifestações na Noruega surgiram no século III. Até o século VI, os habitantes do país construíram fortes nas colinas para se defenderem das incursões das tribos germânicas do sul, o que estimulou o surgimento de pequenas organizações políticas. Por volta do século VIII-X, havia uns 30 pequenos reinos (Noruega Ocidental, Trøndelag, Vica, Oplândia, Halogalândia, etc.). No século IX, esses pequenos Estados dotaram-se de assembleias regionais, que às vezes se uniam para formar unidades ainda maiores.[1]