Hipertensão arterial
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Hipertensão arterial é uma doença crónica em que a pressão sanguínea nas artérias se encontra constantemente elevada.[10] A doença geralmente não causa sintomas.[1] No entanto, a longo prazo é um dos principais fatores de risco para uma série de doenças graves como a doença arterial coronária, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica, incapacidade visual, doença renal crónica e demência.[2][3][4]
Hipertensão arterial | |
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Antigo Oscilomanómetro de Von Recklinghausen com braçadeira de adulto e infantil | |
Especialidade | Cardiologia |
Sintomas | Nenhum[1] |
Complicações | Doença arterial coronária, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica, incapacidade visual, doença renal crónica, demência[2][3][4] |
Causas | Estilo de vida e fatores genéticos[5][6] |
Fatores de risco | Sal em excesso, peso excessivo, tabagismo, consumo de álcool[1][5] |
Método de diagnóstico | Pressão arterial em repouso ≥130/90 ou 140/90 mmHg[5][7] |
Tratamento | Alterações no estilo de vida, medicação[8] |
Frequência | 16–37% da pop. mundial[5] |
Mortes | 9,4 milhões / 18% (2010)[9] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | I10,I11,I12, I13,I15 |
CID-9 | 401 |
CID-11 | 924915526 |
OMIM | 145500 |
DiseasesDB | 6330 |
MedlinePlus | 000468 |
eMedicine | med/1106 ped/1097 emerg/267 |
MeSH | D006973 |
Leia o aviso médico |
A hipertensão arterial pode ser classificada como primária ou secundária.[5] Cerca de 90–95% dos casos são primários, tendo origem em fatores não específicos genéticos e de estilo de vida.[5][6] Entre os fatores relacionados com o estilo de vida que aumentam o risco de hipertensão estão o excesso de sal na dieta, excesso de peso, tabagismo e consumo de álcool.[1][5] Os restantes 5–10% dos casos são secundários, uma vez que têm origem em causas identificáveis, como doença renal crónica, estenose da artéria renal, doenças endócrinas ou uso de pílula contraceptiva.[5]
A pressão arterial é expressa em duas medidas: a pressão sistólica e pressão diastólica. A pressão sistólica é a pressão máxima, enquanto a diastólica é a pressão mínima.[1] Na maior parte dos adultos, a pressão arterial normal em repouso sistólica é de 120 a 140 milímetros de mercúrio (mmHg) e a diastólica de 75 a 85 mmHg.[7][11] Para a maior parte dos adultos, considera-se que a pessoa tem hipertensão arterial quando a pressão arterial em repouso é consistentemente superior a 140/90 mmHg.[5][7] Em crianças e idosos, os valores de referência são diferentes.[12] A monitorização em ambulatório ao longo de 24 horas oferece uma medição mais rigorosa do que os medidores portáteis.[5][10]
As alterações no estilo de vida e a medicação permitem diminuir a pressão arterial e o risco de complicações.[8] Entre as alterações no estilo de vida estão perder peso, diminuir o consumo de sal, praticar exercício físico e manter uma dieta saudável.[5] Quando as alterações no estilo de vida não são suficientes podem ser administrados medicamentos anti-hipertensivos.[8] Existem três clamedicamentos que permitem controlar a pressão arterial em 90% das pessoas.[5] O tratamento de pressão arterial de grau II (≥160/100 mmHg) com medicação está associado a um aumento da esperança de vida.[13] O tratamento da pressão arterial entre 145/90 e 160/100 mmHg é menos claro, dado que algumas revisões da literatura observam benefícios[7][14][15] enquanto outras não observam benefícios claros.[16][17][18] A hipertensão arterial afeta entre 16 e 37% de toda a população mundial.[5] Estima-se que em 2010 a hipertensão tenha sido um fator em 18% de todas as mortes (9,4 milhões em todo o mundo).[9]