Glândula pineal
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A glândula pineal, também conhecida como conarium, epífise cerebral ou simplesmente pineal, é uma pequena glândula endócrina no cérebro dos vertebrados. A glândula pineal produz melatonina, um hormônio derivado da serotonina que modula os padrões de sono nos ciclos circadianos e sazonais. A forma da glândula se assemelha a uma pinha, daí o seu nome. A glândula pineal está localizada no epitálamo, perto do centro do cérebro, entre os dois hemisférios, escondida em um sulco onde as duas metades do tálamo se unem.[1][2]
Glândula pineal | |
---|---|
Sistema endócrino | |
Diagrama da hipófise e glândulas pineais. | |
Detalhes | |
Vascularização | artéria cerebelar superior |
Identificadores | |
Latim | glandula pinealis |
Gray | pág.1277 |
MeSH | Pineal+gland |
Quase todas as espécies de vertebrados possuem uma glândula pineal. A exceção mais importante é uma classe primitiva, os peixes-bruxa. Entretanto, mesmo nesse grupo pode haver uma estrutura "equivalente à pineal" no dorso do diencéfalo.[3] O anfioxo Branchiostoma lanceolatum, o vertebrado existente mais próximo, também carece de uma glândula pineal reconhecível.[4] As lampreias, outros vertebrado primitivos, no entanto não possuem pineal. Alguns vertebrados mais evoluídos perderam a glândula pineal ao longo de sua evolução.[5]
Os resultados das diversas pesquisas científicas em biologia evolutiva e comparativa, neuroanatomia e neurofisiologia explicam a filogenia da glândula pineal nas diferentes espécies de vertebrados. Do ponto de vista da evolução biológica a glândula pineal é um tipo de fotorreceptor atrofiado. No epitálamo de algumas espécies de anfíbios e répteis está relacionada a um órgão de detecção de luz conhecido como olho parietal, também chamado de olho pineal ou terceiro olho.[6]
René Descartes acreditava que a glândula pineal seria a "principal sede da alma". A filosofia acadêmica entre os seus contemporâneos considerava a glândula pineal como uma estrutura neuroanatômica sem qualidades metafísicas especiais. A ciência a estuda como uma glândula endócrina entre muitas. Mesmo assim, a glândula pineal continua a ter uma posição de destaque entre as pseudociências.[7]