Gilbert du Motier, Marquês de La Fayette
político francês / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Marie-Joseph Paul Yves Roch Gilbert du Motier, Marquês de La Fayette (Chavaniac, 6 de setembro de 1757 – Paris, 20 de maio de 1834), conhecido nos Estados Unidos simplesmente como La Fayette ou pelo apelido ou epíteto "O Herói dos Dois Mundos", foi um aristocrata e militar francês que lutou pelo lado revolucionário na Guerra da Independência dos Estados Unidos e também foi uma figura importante na Revolução Francesa e na Revolução de Julho.
O Marquês de La Fayette | |
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Nome completo | Marie-Joseph Paul Yves Roch Gilbert du Motier |
Nascimento | 6 de setembro de 1757 Chavaniac, Auvérnia, França |
Morte | 20 de maio de 1834 (76 anos) Paris, França |
Serviço militar | |
País | Reino da França Estados Unidos Reino da França Primeira República Francesa Restauração francesa |
Serviço | Exército Terrestre Francês Exército Continental Guarda Nacional |
Anos de serviço | 1771–1792, 1830 |
Patente | Major-general (Estados Unidos) Tenente-general (França) |
Conflitos | Guerra da Independência dos Estados Unidos Revolução Francesa Primeira Coligação Revolução de Julho |
Condecorações | Ordem de São Luís Nome inscrito no Arco do Triunfo |
Assinatura | |
Durante a Revolução Americana, Lafayette serviu como major-general no Exército Continental, comandado por George Washington. Ferido na Batalha de Brandywine, ainda assim conseguiu organizar uma retirada com sucesso. Serviu com distinção na Batalha de Rhode Island. A meio da guerra, regressou à França para negociar um aumento do apoio francês. No seu regresso, bloqueou o avanço de tropas lideradas por Charles Cornwallis no cerco de Yorktown, enquanto os exércitos de Washington, e aqueles enviados pelo rei Luís XVI, sob o comando do general de Rochambeau, almirante de Grasse, e almirante de Latouche Tréville, se prepararam para a batalha contra os britânicos.
Em França, no ano de 1788, Lafayette foi chamado para a Assembleia dos Notáveis para tentar ajudar a resolver o problema da crise fiscal. Lafayette propôs uma reunião da Assembleia dos Estados Gerais, onde os representantes dos três níveis da sociedade francesa -clero, nobreza e povo — se encontraram. Foi vice-presidente da comissão organizadora da reunião e apresentou um esboço da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Lafayette foi nomeado para comandante-em-chefe da Garde nationale em resposta à violência.
Apesar de fazer parte do Clube dos Trinta, durante a Revolução francesa à qual tinha aderido, tentou manter a ordem ao ponto de dar instruções à Garde nationale para disparar sobre os manifestantes no Champ de Mars, onde terão morrido cerca de 50 pessoas, em Julho de 1791; por esta sua acção, acabou por ser perseguido pelos jacobinos. Em Agosto de 1792, à medida que as facções radicais da Revolução viam o seu poder aumentado, Lafayette tentou fugir para os Estados Unidos através da República Holandesa. Foi capturado pelos austríacos e passou mais de cinco anos na prisão.
Lafayette regressou a França depois de Napoleão o tirar da prisão em 1797. Recusou participar no governo de Napoleão, mas foi eleito para a Câmara dos Deputados do governo dos Cem Dias, durante a Carta de 1815. Com a Restauração francesa, Lafayette tornou-se um membro liberal da Câmara dos Deputados em 1815, um cargo que manteve até à sua morte. Em 1824, o Presidente James Monroe convidou Lafayette para os Estados Unidos como "convidado da nação"; durante a viagem, visitou os 24 estados da união na época. Em honra do seu contributo para a Revolução Americana, muitas cidades e monumentos dos Estados Unidos têm o seu nome. Durante a Revolução de Julho de 1830 em França, Lafayette recusou uma oferta para se tornar ditador; em vez disso, apoiou Luís Filipe como monarca constitucional. Lafayette morreu a 20 de Maio de 1834, e encontra-se sepultado no Cemitério de Picpus, em Paris, debaixo de terra trazida da sepultura de George Washington, de Mount Vernon.