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Geração Perdida (em inglês: Lost Generation) é um termo atribuído tradicionalmente a Gertrude Stein. Popularizado por Ernest Hemingway que o usou como epígrafe em seu livro O Sol Também se Levanta e em suas memórias no livro Paris é uma festa.
O termo é usado para designar a geração (1883-1900) que lutou durante a adolescência na Primeira Guerra Mundial e viveram a vida adulta durante os Roaring Twenties até a Grande Depressão. Isto aliado a denominação "Geração Perdida", no sentido de "sem direção". A percepção era de que após a Grande Guerra esta geração estava sem direção em mundo pós-guerra, isto levou aos "Loucos Anos 20", um tempo de grandes mudanças que culminaram na Grande Depressão. Isso significa que estava dentro da idade adulta num tempo de turbulência econômica. Individualismo e "quebrar as regras" eram algo comum para esta geração.
Foi a geração de um grupo de celebridades literárias americanas que viveram em Paris e em outras partes da Europa no período de tempo em que se viu o fim da Primeira Guerra Mundial e começo da Grande Depressão.
Entre seus membros mais notórios, incluiram-se Ernest Hemingway, F. Scott Fitzgerald, Ezra Pound, Sherwood Anderson, Waldo Peirce, John Dos Passos, e T. S. Eliot. Embora fosse irlandês, James Joyce faria parte deste movimento com seu romance Ulisses, considerado por muitos estudiosos um dos mais importantes desta geração. Esta geração também produziu artistas da primeira florescência da música tradicional norte-americana, o jazz.
Os escritos das figuras literárias da Geração Perdida tendem a ter temas comuns. Esses temas se referiam principalmente às experiências dos escritores na Primeira Guerra Mundial e nos anos seguintes. Diz-se que o trabalho desses escritores foi autobiográfico baseado no uso de versões mitificadas de suas vidas.[1] Um dos temas que comumente aparece nos trabalhos dos autores é a decadência e o estilo de vida frívolo dos ricos.[2] Tanto Hemingway quanto Fitzgerald tocaram neste tema ao longo dos romances The Sun Also Rises e The Great Gatsby. Outro tema comumente encontrado nos trabalhos desses autores foi a morte do sonho americano, que é exibido em muitos de seus romances.[3] É particularmente proeminente em The Great Gatsby, em que o personagem Nick Carraway chega a perceber a corrupção que o cerca.
O termo também é usado em um contexto mais amplo para a geração de jovens que atingiram a maioridade durante e logo após a Primeira Guerra Mundial. Os autores William Strauss e Neil Howe, amplamente conhecidos por sua teoria geracional, definem a Geração Perdida como a nascida de 1883 a 1900, que atingiu a maioridade durante a Primeira Guerra Mundial e os loucos anos vinte.[4] Na Europa, eles são conhecidos principalmente como a "Geração de 1914", para o ano em que a Primeira Guerra Mundial começou.[5] Na França, o país em que muitos expatriados se estabeleceram, eles eram às vezes chamados de Génération au Feu, a "Geração em Chamas". Na Grã-Bretanha, o termo foi originalmente usado para aqueles que morreram na guerra,[6] e muitas vezes implicitamente se referia a baixas de classe alta que foram vistas como tendo morrido desproporcionalmente, roubando o país de uma futura elite.[7] Muitos sentiram que "a flor da juventude e a melhor masculinidade dos povos tinham sido ceifadas",[8] por exemplo, tais baixas notáveis como os poetas Isaac Rosenberg, Rupert Brooke, Edward Thomas e Wilfred Owen,[9] compositor George Butterworth e físico Henry Moseley.
Os membros da Geração Perdida incluem Sinclair Lewis, que foi o primeiro estadunidense a receber o Prêmio Nobel de Literatura, o general do Exército dos Estados Unidos George S. Patton, o compositor russo Irving Berlin, o escritor estadunidense, repórter e comentarista político Walter Lippmann, Earl Warren, teólogo estadunidense, especialista em ética, e comentarista sobre política Reinhold Niebuhr, as atrizes Lillian Gish, Mary Pickford e Mae West, a poeta e satírica norte-americana Dorothy Parker, pintor/ilustrador Norman Rockwell, J. Edgar Hoover que foi o primeiro diretor do Federal Bureau of Investigation dos Estados Unidos, o jogador de beisebol Babe Ruth, cuja carreira na Major League Baseball durou 22 temporadas entre 1914 e 1935, os boxeadores Jack Dempsey e Gene Tunney. Os atores Fred Astaire, Humphrey Bogart, Walter Brennan, George Burns, James Cagney, Buster Keaton, Frederic March, Edward G. Robinson, Randolph Scott, Spencer Tracy e Rudolph Valentino, Romancista estadunidense e escritor de contos F. Scott Fitzgerald, cantor e ator estadunidense que se envolveu com o movimento dos direitos civis Paul Robeson, Al Capone, romancista estadunidense, escritor de contos e jornalista Ernest Hemingway, artista Al Jolson, estrela da Broadway da época e primeira estrela de "filmes sonoros", os políticos estadunidenses Adlai Stevenson II e Henry A. Wallace, o diretor britânico Alfred Hitchcock, os compositores George Gershwin e Aaron Copland e o italiano Nicola Sacco.[10]
Como os Estados Unidos eram um refúgio seguro da perseguição, repressão e assassinato característicos de regimes fascistas e comunistas, os Estados Unidos muitas vezes se tornaram um refúgio para empreendedores, cientistas (como Enrico Fermi) e pessoas criativas (como Bohuslav Martinů) que fizeram muito do seu melhor trabalho na América.
Harry S. Truman e Dwight D. Eisenhower eram presidentes dos EUA. Claire Lee Chennault (6 de setembro de 1890 - 27 de julho de 1958) foi um aviador militar estadunidense mais conhecido por sua liderança dos "Tigres Voadores" e pela Força Aérea da República da China na Segunda Guerra Mundial.
Os membros internacionais notáveis eram Clement Attlee, Vincent Auriol, Stanley Bruce, Heinrich Bruning, Marc Chagall, Charlie Chaplin, Maurice Chevalier, Ben Chifley, Rene Coty, John Curtin, Charles de Gaulle, Morarji Desai, John Diefenbaker, Anthony Eden, Ludwig Erhard, Arthur Fadden, Frank Forde, Jacobus Johannes Fouche, Peter Fraser, Joseph Goebbels, Adolf Hitler, Sidney Holland, Nikita Khrushchev, Harold Macmillan, John McEwen, Robert Menzies, Ho Chi Minh, Joan Miro, Benito Mussolini, Walter Nash, Jawaharlal Nehru, Lester B. Pearson, Sergei Prokofiev, Vidkun Quisling, Liu Shaoqi, Louis St. Laurent, Charles Robberts Swart, Hideki Tojo, Lutz Graf Schwerin von Krosigk, Ludwig Wittgenstein, e Mao Zedong.[10] Golda Meir, nascida na Rússia, passou a maior parte de seus anos de formação nos Estados Unidos antes de se tornar primeira-ministra de Israel.
Exemplos de dotes culturais incluem as seguintes obras literárias: O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald;[11] The Waste Land, de T. S. Eliot; Babbitt de Sinclair Lewis; The Sound and the Fury de William Faulkner; o filme Monkey Business, estrelado pelos irmãos Marx; Creed of an Advertising Man de Bruce Barton; The Maltese Falcon de Dashiell Hammett; The Big Sleep de Raymond Chandler; The Old Man and the Sea de Ernest Hemingway; e The View from Eighty, de Malcolm Cowley. Contribuições musicais nesta categoria incluem: a obra musical Appalachian Spring de Aaron Copland; e a composição orquestral An American in Paris, de George Gershwin.[10]
Aplicando os anos de nascimento usados por Strauss e Howe, o último membro estadunidense conhecida da Geração Perdida a viver foi Susannah Mushatt Jones (6 de julho de 1899 - 12 de maio de 2016), enquanto Nabi Tajima (4 de agosto de 1900 - 21 de abril de 2018) do Japão foi o último membro vivo conhecido desta geração em geral,[12] tornando-o totalmente ancestral em todo o mundo, porém as gerações Grandiosa, silenciosa, baby boomer, X, Y, Z e Geração alfa já são gerações ancestrais.
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