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Genocídio circassiano
genocídio no Cáucaso no século XIX / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O Genocídio Circassiano foi um massacre étnico que aconteceu[1][2][3] em 21 de maio de 1864, completou 150 anos em 2014. De acordo com o Instituto Cultural Circassiano, de 1 milhão a 1,5 milhão de circassianos foram mortos e outro milhão foi deportado. A diáspora circassiana é a maior do mundo, com 86% de toda a população vivendo no exílio, em vários países. O território original da Circassia foi dividido em três partes (Carachai-Circássia, República Adigueia e Cabardino-Balcária).
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Genocídio circassiano | |
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Pintura que descreve circassianos tentando evacuar sua cidade para evitar a agressão russa | |
Local: | ![]() ![]() |
Contexto: | Guerra russo-circassiana |
Período: | 1864-1867 |
Vítimas: | Circassianos |
Tipo de agressão: | Assassinato em massa, Deportação, genocídio e limpeza étnica, Marcha da morte e Tortura |
Número de vítimas: | 800.000-1.500.000 |
Motivo: | Imperialismo, Racismo, Islamofobia, Russificação, Guerra russo-circassiana, Mar Negro |
Responsáveis: | Império Russo |
Apesar de ser considerado o primeiro genocídio da Idade contemporânea, por ter acontecido na segunda metade do século XIX, só recebeu reconhecimento formal de um único governo em todo o mundo até hoje; o governo da Geórgia.[4][5] O evento foi resultado da Guerra Russo-Circassiana[6] e ocorreu em Sochi, local escolhido para as Olimpíadas de Inverno de 2014, na Rússia; provocando vários protestos[7] ao redor do mundo contra o evento esportivo.
2014 não só é o aniversário de 150 anos do Genocídio Circassiano, como também a véspera do centenário do Genocídio armênio/ Genocídio assírio/ Genocídio grego que ocorreu em 1915 no Império Otomano.
Sendo a Rússia e a Turquia, inimigos históricos,[8] os supostos aliados de um país são as vítimas do outro país. Assírios e armênios massacrados pelos turcos buscaram refúgio na Rússia; enquanto muçulmanos do Cáucaso (sobretudo Chechenos e circassianos) constituíram uma vasta comunidade na Turquia.
Em 2014, comunidades de armênios e circassianos nos Estados Unidos deixaram essas diferenças de lado e se comprometeram a trabalhar juntos pelo reconhecimento de ambos genocídios.[9]
Outra interessante coincidência que entrelaça os circassianos a outro povo é o aniversário de 700 da independência escocesa que ocorreu na época de William Wallace, em 1314, depois da vitória na Batalha de Bannockburn; celebrado com um referendo pela independência da Escócia.[10]
A ligação entre os dois países vai além da bandeira circassiana ter sido desenvolvida por um diplomata escocês, e envolve algumas semelhanças culturais,[11] inclusive de danças como a dança escocesa curiosamente chamada de círculo circassiano.[12]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/48/Circassians.jpg/320px-Circassians.jpg)
Um trecho traduzido da segunda página do único livro inteiramente dedicado a essa tragédia[13]: O oficial russo Ivan Drozdov descreveu a cena ao redor de Sochi enquanto os russos estavam celebrando: “Na estrada nossos olhos encontraram uma imagem atordoante: corpos de mulheres, crianças e idosos, esquartejados e parcialmente devorados por cães. Deportados abatidos por fome e doenças, quase fracos demais para movimentar as pernas, colapsando de exaustão e se tornando presas para cães enquanto ainda vivos.”
Em 1869 Qbaada foi estabelecida por imigrantes russos e renomeada Krasnaya Polyana (Campina Vermelha), uma referência a todo o sangue derramado no campo durante a batalha final.
Outra cena grotesca é descrita no livro do historiador galês Oliver Bullough Let Our Fame Be Great: Journeys Among the Defiant People of the Caucasus e outros jornalistas: cabeças de circassianos derrotados na guerra sendo coletadas como troféus.[14]<