Garcia Fernandes
pintor português / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Garcia Fernandes (Portugal, c.1514 - c. 1565) foi um pintor português de meados do século XVI.
Garcia Fernandes | |
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Anjo da Anunciação, c.1531 Museu de Machado de Castro | |
Nome completo | Garcia Fernandes |
Nascimento | 1514 Portugal |
Morte | 1565 Portugal |
Nacionalidade | ![]() |
Ocupação | Pintor |
Movimento estético | Renascimento e Maneirismo |
Foi aluno da Oficina de Jorge Afonso, tendo aí colaborado com outros artistas do período manuelino como Gregório Lopes, Cristóvão de Figueiredo, Pero Vaz e Gaspar Vaz. Jorge Afonso tinha-o em alta conta, como se conclui do facto de haver dito ao rei D. Manuel I que ele poderia vir a ser um novo Francisco Henriques.
Em 1518-1519, juntamente com Gregório Lopes, Cristóvão de Figueiredo e outros, entre os quais sete pintores flamengos, trabalhava nas obras da Relação de Lisboa, sob a chefia de Francisco Henriques. Este mestre teria falecido em 1518, vítima da peste, e Garcia Fernandes comprometeu-se a casar com uma das suas filhas, com que teve, pelo menos, nove filhos, sucedendo a Francisco Henriques na chefia da obra da Relação, o que constitui prova de grande prestígio de que já desfrutava. Foi-lhe então prometido ser nomeado passavante, mas viu-se preterido nesta pretensão por António de Holanda. Cerca de 1519, já casado, continuava a obra de Francisco Henriques, completando o coruchéu do Limoeiro.
Em 1533-1534, em conjunto com Cristóvão de Figueiredo e Gregório Lopes, e ainda com Cristóvão de Utreque, encontrava-se em Lamego, onde produziu três retábulos para o Mosteiro de Ferreirim.
Numa petição apresentada em 1540 ao rei D. João III, queixando-se da falta de cumprimento de promessas que lhe haviam sido feitas, diz ter trabalhado nas obras de Coimbra (Mosteiro de Santa Cruz e Universidade de Coimbra), na Igreja de São Francisco em Évora (três painéis para o transepto), em Leiria, Montemor-o-Novo, além de outras para a Índia e no Retábulo de Santo Elói, em Lisboa.
Manuel André, seu discípulo, diz que ele pintou um quadro na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, de cuja mesa fazia parte em 1521.