![cover image](https://wikiwandv2-19431.kxcdn.com/_next/image?url=https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/thumb/c/c1/Capa_de_Fruto_Proibido_de_Rita_lee.jpg/640px-Capa_de_Fruto_Proibido_de_Rita_lee.jpg&w=640&q=50)
Fruto Proibido (álbum)
Álbum de Rita Lee & Tutti Frutti / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Fruto Proibido é o quarto álbum de estúdio da artista musical brasileira Rita Lee — e o segundo com a banda Tutti Frutti — lançado em 30 de junho de 1975, através da gravadora Som Livre. Procurando re-estabilizar sua carreira musical depois de sua expulsão d'Os Mutantes em 1972, Lee juntou-se ao Tutti Frutti, no ano seguinte, e liberou o primeiro disco fruto dessa parceria, Atrás do Porto Tem uma Cidade (1974), que acabou não obtendo o desempenho comercial esperado. Além disso, o grupo e cantora foram afetados pelo descaso e a pouca liberdade criativa concedida pelos executivos de sua gravadora, a Philips, o que os levou a abandonarem o selo e aceitarem a proposta oferecida por João Araújo, presidente da Som Livre, por onde assinaram um contrato de gravação. O estadunidense Andy Mills foi selecionado como o produtor principal do projeto pela própria intérprete, a quem ela conheceu através de seu trabalho como técnico de som do cantor Alice Cooper.
Este artigo foi proposto para destaque. Um artigo destacado deve representar o melhor da Wikipédia em português e, consequentemente, deve encontrar-se em concordância com os critérios estabelecidos. Caso você seja autoconfirmado estendido, poderá dar sua opinião na página apropriada para que o artigo possa figurar na página principal. |
Fruto Proibido | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
Álbum de estúdio de Rita Lee & Tutti Frutti | |||||||
Lançamento | 30 de junho de 1975 (1975-06-30) | ||||||
Gravação | Abril de 1975 | ||||||
Estúdio(s) | Estúdio Eldorado (São Paulo) | ||||||
Gênero(s) | |||||||
Duração | 37:10 | ||||||
Formato(s) | CD · cassete · vinil | ||||||
Gravadora(s) | Som Livre | ||||||
Produção | Andy Mills | ||||||
Cronologia de de estúdio por Rita Lee & Tutti Frutti | |||||||
|
Musicalmente, incorpora principalmente os estilos glam rock e blues, enquanto suas letras versam sobre temas como desprezo parental, despedidas, anseios pela liberdade e auto-capacitação, além de abordar narrativas que aludem a personalidades despidas de pudor e auto-repressão, como a atriz naturalista Luz del Fuego e a bailarina Isadora Duncan. Os vocais de Lee foram notados por exibir inflexões infanto-juvenis, agora não mais na vertente zombeteira e debochada dos Mutantes, mas transpirando rebeldia e até sofrimento. Fruto Proibido constituiu a liberdade artística que artista almejava, diferente de seus outros três discos lançados anteriormente. No álbum, ela compôs três das nove faixas e foi creditada como co-escritora em todas as outras.
O disco trouxe um nível de sucesso comercial para a artista que ela jamais havia experimentando, projetando-a como uma das maiores vendedoras de álbuns no país na época. Ele alcançou a sétima posição na parada musical do instituto IBOPE — divulgada pela revista estadunidense Billboard —, e se tornou o álbum inaugural de um artista de rock a ultrapassar o marco de 50 mil unidades vendidas em solo brasileiro. Com isso, Lee obteve o segundo melhor desempenho comercial para uma cantora brasileira naquele ano. Em função de promover o material, a artista apareceu em programas de televisão, como no Fantástico onde um vídeo musical para "Agora só Falta Você" foi exibido, e embarcou na Turnê Fruto Proibido, que foi aclamada por críticos especializados da época pela sua presença de palco, bem como pela qualidade de som e de figurinos usados nos shows.
Fruto Proibido foi recebido pela crítica musical com aclamação, com elogios direcionados à seus vocais, instrumental, letras e à forma mais espontânea que a artista soava aqui que em seus registros anteriores. Retrospectivamente, é amplamente considerado como o álbum que fez crescer o status de Lee como uma das maiores artistas do rock brasileiro, bem como um símbolo de expressão e representatividade feminina dentro do gênero e na música do Brasil de forma geral, tanto no período de ditadura militar quanto contemporâneo. Além disso, vários artistas, como Manu Gavassi, Zelia Duncan e Pitty, creditaram a obra e suas canções como um ponto de influência para suas construções musicais. Foi classificado na 16.ª ocucação na lista dos 100 melhores álbuns da história da música brasileira compilada pela revista musical Rolling Stone Brasil, enquanto a versão estadunidense da mesma publicação enumerou-o entre os melhores discos de rock latino-americanos de todos os tempos.