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Fluminense 3–2 Flamengo (1995)
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Fluminense 3—2 Flamengo foi uma partida de futebol disputada em 25 de junho de 1995, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. O jogo foi a última rodada do octogonal final do Campeonato Carioca de 1995 e é considerado um dos maiores jogos da história do clássico Fla-Flu; já foi descrito como "épico"[1], "histórico"[2] e "antológico"[3], e em 2020 foi aclamado como o maior jogo de futebol da história do Maracanã.[4] A partida foi assistida por um público pagante de 112 285 pessoas e ficou conhecida como o "Fla-Flu do gol de barriga", uma alusão à "jogada histórica"[5] do gol decisivo, marcado pelo atacante Renato Gaúcho, considerado um dos gols mais famosos da história do futebol brasileiro[2] e um dos maiores momentos da história do Fluminense.[6] O jogo também é lembrado pela forte chuva durante o primeiro tempo e pelas 4 expulsões (três para o Fluminense, uma para o Flamengo).[7]
![]() A taça do Campeonato Carioca de 1995. | |||||||
Evento | Último jogo do Carioca de 1995 | ||||||
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Data | 25 de junho de 1995 | ||||||
Local | Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro | ||||||
Melhor em campo | Renato Gaúcho (Fluminense) | ||||||
Árbitro | ![]() | ||||||
Público | 112 285 |
No ano em que completava 100 anos de sua fundação, o Flamengo foi campeão da Taça Guanabara e chegou ao octogonal final como o grande favorito ao título. No início do ano, o Rubro-Negro havia contratado o melhor jogador do mundo em 1994, o atacante Romário, que havia acabado de ser campeão mundial com a Seleção Brasileira.[8] O elenco também tinha o lateral-esquerdo Branco (que também havia sido campeão mundial com a Seleção) e o treinador era Vanderlei Luxemburgo, que vinha de dois títulos brasileiros consecutivos com o Palmeiras. O Fluminense, por sua vez, não conquistava um título desde 1985 e atravessava dificuldades financeiras que incluíam atrasos no pagamento dos salários de seus jogadores. O Tricolor era considerado a quarta força do futebol carioca[9] e a principal estrela era o atacante Renato Gaúcho, que já tinha 32 anos e estava decidido a se aposentar após ser dispensado pelo Atlético Mineiro.[1][10][11][12]
O Flamengo foi para o confronto decisivo precisando apenas de um empate para ser campeão. Apesar do favoritismo do adversário, o Fluminense do técnico Joel Santana marcou dois gols no primeiro tempo, período no qual choveu torrencialmente no estádio.[7] Renato Gaúcho abriu o placar aos 30 minutos e Leonardo marcou o segundo aos 42 minutos. O Flamengo reagiu no segundo tempo: aos 26 minutos, Romário diminuiu a diferença, e um princípio de confusão no gramado acarretou na expulsão de Sorley, do Fluminense, e Marquinhos, do Flamengo. Aos 32 minutos, Fabinho empatou o jogo, resultado que daria o título ao Flamengo. O Fluminense teve outro jogador expulso quando Lira recebeu o cartão vermelho após carrinho em Fabinho. Mesmo com dois jogadores a menos, o Fluminense conseguiu a vitória aos 41 minutos do segundo tempo: Aílton fez grande jogada na ponta-direita e chutou para o gol; a bola desviou na barriga de Renato Gaúcho antes de entrar. O Tricolor das Laranjeiras terminou o jogo com apenas oito jogadores em campo ao ter um terceiro jogador expulso, após carrinho de Lima em Sávio.
O público de mais de 100 000 pessoas, o desafio particular entre Renato Gaúcho e Romário pelo "título" de "Rei do Rio", a forte chuva durante o primeiro tempo, as quatro expulsões, o icônico gol decisivo e a controvérsia sobre a sua autoria — o árbitro Leo Feldman registrou o gol de barriga para Aílton[13] — tornaram a partida um evento marcante na história de ambos os clubes e do estádio. Uma enquete com mais de 50 000 torcedores elegeu o "Fla-Flu do gol de barriga" como o maior jogo da história do Maracanã.[4] O clássico é constantemente relembrado, especialmente pelo Fluminense: em 2020, o clube fez eventos de comemoração pelo 25º aniversário da partida, arrecadando mais de 100 mil reais em ingressos simbólicos para o confronto.[14]