Casa de Saud
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Casa de Saud (em árabe آل سعود; romanizado como Āl Suʿūd) é a casa real no poder na Arábia Saudita desde a criação do país em 1932. Contudo, a Casa de Saud têm se mostrado extremamente influente mesmo antes da criação do estado saudita. O atual chefe é o rei Salman da Arábia Saudita. Antes do rei Abdul-Aziz ibn Saud fundar o reino, a família tinha governado a região de Négede, entrando em conflito em várias ocasiões com o Império Otomano, o Xarife de Meca, e com família Al Rashid de Ha'il. A Casa de Saud passou por três fases: o primeiro Estado Saudita (1744-1818), o segundo Estado Saudita (1819-1891), e a nação da atual Arábia Saudita.[1]
Casa de Saud آل سعود | |||
---|---|---|---|
Brasão de armas da Arábia Saudita, adoptado em 1950 | |||
País: | Arábia Saudita | ||
Títulos: | Rei da Arábia Saudita Guardião das Mesquitas Sagradas Príncipe Herdeiro da Arábia Saudita | ||
Fundador: | Muhammad bin Saud (morreu em 1765) | ||
Atual soberano: | Salman da Arábia Saudita (nasceu em 1935) | ||
Ano de fundação: | 1744 | ||
Etnia: | Árabe (caucasiana) | ||
Linhagem secundária: | Al Faisal |
A história dos Al Saud foi marcada por um desejo de unificar a península arábica e para espalhar a sua versão particular do islã. A Casa de Saud defende a metodologia salafista do islã, e está ligada com a família do xeque Muhammad bin Abdul-Wahhab através do casamento de Muhammad bin Saud com a filha de Muhammad Abd al Wahhab,[2] em 1744. A Arábia Saudita foi criada em 1932 quando Ibn Saud, que desde 1927 era rei de Hejaz e Négede, unificou a região.[1]
Embora alguns acreditam que número de membros da família sejam em torno de 25.000,[3] a maioria das estimativas coloca o seu número na casa de 7000,[4] sendo que o poder e a influência são exercidos por 200 descendentes do rei Abdul-Aziz bin Muhammad.[5]
O atual chefe da Al Saud e governante da Arábia Saudita é o rei Salman ibn Abdul Aziz. Seu irmão mais velho e antecessor, Abdullah, anunciou em 20 de outubro de 2006 a criação de uma comissão de príncipes que votaram sobre a viabilidade dos reis e da candidatura dos príncipes herdeiros, esclarecendo em definindo a linha sucessória e o processo de sucessão do trono dos Al Saud. [6]
A comissão é presidida pelo príncipe Mishaal bin Abdul-Aziz, dá a cada filho (no caso de sua incapacidade ou morte, seu filho elegível) do falecido rei Abdul-Aziz um único voto, que seria utilizado para confirmar um dos três príncipes nomeados pelo rei para ser nomeado Príncipe Herdeiro. No caso em que tanto o rei entronado quanto o príncipe herdeiro forem considerados inaptos para governar, um conselho de cinco membros transitórios, nomeados pelo Conselho, teria poderes para executar os assuntos do Estado durante uma semana antes de nomear um sucessor. A intenção é evitar uma situação como foi o caso com o falecido rei Fahd, que sofreu vários acidentes vasculares cerebrais a partir de 1995, mas permaneceu no trono durante dez anos, a maioria deles sem as faculdades para se pronunciar. [7]
Sendo a família real governante da Arábia Saudita, é formada por descendentes de Muhammad bin Saud, fundador do Emirado de Diriyah , conhecido como o Primeiro Estado Saudita (1727–1818), e seus irmãos, embora o ramo dominante da família seja liderado principalmente pelos descendentes de Abdulaziz bin Abdul Rahman, o fundador moderno da Arábia Saudita. Forma uma subtribo do antigo e proeminente Banu Hanifa, uma tribo da Arábia, da qual se origina o conhecido teólogo árabe Maslama ibn Ḥabīb . A posição mais influente da família real é a do Rei da Arábia Saudita, um monarca absoluto. A família no total é estimada em cerca de 15.000 membros; no entanto, a maior parte do poder, influência e riqueza é possuída por um grupo de cerca de 2.000 deles. Algumas estimativas da riqueza da família real medem seu patrimônio líquido em U$ 1,4 trilhão. Este valor inclui a capitalização de mercado da Saudi Aramco, a empresa estatal de petróleo e gás, e seus vastos ativos em reservas de combustíveis fósseis. [7]
A sucessão ao trono da Arábia Saudita foi pensada para passar de um filho do primeiro rei, Abdulaziz, para outro. O rei Salman, que reina atualmente, primeiro substituiu o próximo príncipe herdeiro, seu irmão Muqrin, por seu sobrinho Muhammad bin Nayef. [8] Em 2017, Muhammad bin Nayef foi substituído por Mohammad bin Salman, filho do rei Salman, como príncipe herdeiro após a aprovação do Conselho de Fidelidade com 31 de 34 votos. A monarquia era hereditária por antiguidade agnática até 2006, quando um decreto real previa que os futuros reis sauditas deveriam ser eleitos por um comitê de príncipes sauditas. O gabinete nomeado pelo rei inclui mais membros da família real. [9]