Família Lecapeno
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Lecapeno (em grego: Λεκαπηνός; romaniz.: Lekapenós; em latim: Lecapenus) ou Lacapeno (em grego: Λακαπηνός; romaniz.: Lakapenós), com forma feminina Lecapena (em grego: Λεκαπηνή; romaniz.: Lekapené), foi o nome duma família bizantina de ascendência humilde e etnicamente armênia, que casou-se com e quase conseguiu usurpar o trono da dinastia macedônica na primeira metade do século X. Foi fundada por Teofilacto, de sobrenome Abactisto ou Abastacto, um camponês armênio que salvou a vida do imperador Basílio I, o Macedônio (r. 867–886) em 872 e recebeu propriedades como recompensa. O sobrenome da família deriva da localidade de Lacape; possivelmente estas propriedades estavam situadas ali.[1]
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O filho de Teofilacto, Romano, tornou-se comandante-em-chefe da frota imperial e posteriormente imperador sênior em 920 após casar sua filha Helena com o imperador legítimo Constantino VII Porfirogênito (r. 913–959), neto de Basílio I. Ele elevou seus três filhos, Cristóvão, Estêvão e Constantino como coimperadores ao lado de Constantino VII. Outro filho, Teofilacto, foi feito patriarca de Constantinopla, e a filha de Cristóvão chamada Maria-Irene casou-se com o imperador búlgaro Pedro I (r. 927–969).[1]
Romano foi deposto por Estêvão e Constantino em dezembro de 944, mas eles também foram depostos em seguida e Constantino foi restaurado como imperador único. Seus descendentes continuaram a ocupar ofícios seniores no palácio imperial nas décadas seguintes, mas o membro mais notável da família foi Basílio Lecapeno, filho ilegítimo de Romano, que ascendeu ao posto de paracemomeno e tornar-se-ia governante virtual do império até a década de 980. A família é precariamente atestada depois disso; apenas um certo Constantino Lecapeno é conhecido através de seu selo do século XI, e o último membro importante foi Jorge Lecapeno, um oficial e escritor do século XIV.[1]