Beta Israel
comunidade judaica com origens etíopes Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Beta Israel[a] ou judeus etíopes,[b] por vezes referidos, inapropriadamente, como Falashim [6] ou Falashas,[7] são uma comunidade judaica coalescida na área do Axum e do Império Etíope (Habesha ou Abissínia), atualmente dividida entre as regiões de Amara e Tigré.[8]
Beta Israel ביתא ישראל ቤተ እስራኤል | ||||||||||||
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Judias etíopes no Muro das Lamentações durante a semana do Pessach, 2003 | ||||||||||||
População total | ||||||||||||
173 500 | ||||||||||||
Regiões com população significativa | ||||||||||||
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Línguas | ||||||||||||
Línguas faladas
amárico, tigrínio, hebraico e historicamente línguas judaicas (dialetos kayla e qwara) Língua litúrgica
ge'ez | ||||||||||||
Religiões | ||||||||||||
Judaísmo (haymanot · judaísmo rabínico) | ||||||||||||
Grupos étnicos relacionados | ||||||||||||
Demais judeus, agaus |

Essa comunidade vivia no norte e noroeste da Etiópia, em mais de 500 aldeias espalhadas por um vasto território, entre as populações predominantemente cristãs e muçulmanas.[9] A maior parte concentrava-se na área em torno do lago Tana e mais ao norte, na região de Tigré, entre os distritos de Wolqayit, Shire, Tselemt e Gondar e entre as províncias de Semien, Dembia, Segelt, Quara, e Belesa.
Beta Israel fez contato com outras comunidades judaicas no final do século XX. Após intensos debates constitucionais e envolvendo o Halachá – a lei judaica –, as autoridades israelenses decidiram, em 14 de março de 1977, que a Lei do retorno se aplicava também a Beta Israel.[10] O governo de Israel e o governo dos Estados Unidos montaram operações aliyah para transportar os judeus etíopes para Israel.[11][12] Essas atividades incluíram, no Sudão, entre 1979 e 1985, a Operação Irmãos, a Operação Moisés e a Operação Josué; em 1991, a partir de Addis Ababa, a Operação Salomão.[13][14]
Os Falash Mura são os descendentes da Beta Israel que se converteram ao cristianismo. Alguns estão retornando às práticas do judaísmo Halcá e vivendo juntos em comunidades. Os líderes espirituais da Beta Israel, incluindo o kes Raphael Hadane, têm defendido a aceitação dos Falash Mura como judeus.[15] O governo israelense decidiu, em resolução de 2003, que os descendentes da linhagem de mães judias têm o direito de emigrar para Israel, com base no direito de retorno, mas só podem se tornar cidadãos se formalmente se converterem ao judaísmo ortodoxo.[16] Tal resolução foi alvo de controvérsias na sociedade israelense.[17][18][19][20]
Em 2009, dos 119 500 judeus etíopes residentes em Israel, muitos já eram nascidos no país. 38 500 ou 32% dos membros da comunidade tinham pelo menos um dos pais nascido na Etiópia.[21]
Notas
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