Exército Brasileiro
componente terrestre das Forças Armadas do Brasil / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O Exército Brasileiro (EB) é o ramo das Forças Armadas do Brasil responsável, no plano externo, pela defesa do país em operações eminentemente terrestres e, no interno, pela garantia da lei, da ordem e dos poderes constitucionais, subordinando-se, na estrutura do Governo Federal, ao Ministério da Defesa, ao lado da Marinha e da Força Aérea. As Polícias Militares (PMs) e Corpos de Bombeiros Militares (CBMs) são legalmente designadas como forças de reserva e auxiliares ao Exército. Seu braço operacional é denominado Força Terrestre. Ele é o maior exército da América do Sul e a maior das três Forças Armadas no Brasil.
Exército Brasileiro | |
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Símbolo do Exército Brasileiro | |
País | Brasil |
Corporação | Forças Armadas do Brasil |
Subordinação | Ministério da Defesa |
Missão | Força Terrestre |
Sigla | EB |
Criação | 1822 (de facto) 1.° de dezembro de 1824 (formal)[1] |
Aniversários | 19 de abril (Primeira Batalha dos Guararapes, em 1648)[2] |
Patrono | Luís Alves de Lima e Silva |
Marcha | Canção do Exército |
Lema | Braço forte, mão amiga[3] |
Cores | azul-celeste |
História | |
Guerras/batalhas | Ver História militar do Brasil |
Logística | |
Efetivo | 212 217 militares da ativa (2024)[5] |
Insígnias | |
Brasão de armas | |
Bandeira[6] | |
Estandarte[7] | |
Comandante em chefe | Luiz Inácio Lula da Silva (2023–presente) |
Comandante | Tomás Ribeiro Paiva[8] |
Sede | |
Quartel General | Quartel General do Exército, Brasília, DF |
Página oficial | www |
Surgido como o Exército Imperial Brasileiro, com base nas forças de defesa do Império Português no Brasil Colônia, suas duas principais experiências de guerra convencional foram a Guerra do Paraguai e a Força Expedicionária Brasileira, e seu rival tradicional no planejamento, até os anos 1990, era a Argentina, mas ele tem também muitas operações de manutenção de paz no exterior e atuações internas no Brasil. O Exército foi diretamente responsável pela Proclamação da República e gradualmente aumentou sua capacidade de ação política, culminando na ditadura militar de 1964–1985. Ao longo da história brasileira ele garante o poder central contra separatismos e regionalismos, intervém onde as questões sociais não resolvidas tornam-se violentas e preenche lacunas deixadas por outras instituições do Estado.
Mudanças na doutrina militar, pessoal, organização e equipamento marcam a história do Exército, sendo a atual fase, desde 2010, conhecida como o Processo de Transformação do Exército. Sua estratégia da presença estende-o por todo o território nacional, e a instituição se considera a única garantia de brasilidade nas regiões mais distantes do país. Existem forças especializadas em diversos terrenos (de Selva, montanha, Pantanal, Caatinga e urbano) e forças de deslocamento rápido (Aviação do Exército, Comando de Operações Especiais e brigadas paraquedista e aeromóvel). As forças blindadas e mecanizadas, concentradas no Sul, são as mais numerosas do continente, mas incluem muitos veículos próximos ao fim do ciclo de vida. A unidade básica de armas combinadas é a brigada.
As organizações militares convencionais formam cabos e soldados reservistas através do serviço militar obrigatório. Há um sistema amplo de instrução, educação e pesquisa, sendo a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) responsável por formar os elementos dirigentes da instituição: oficiais das Armas de Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia e Comunicações, do Serviço de Intendência e do Quadro de Material Bélico. Este sistema e mais os serviços próprios de saúde, moradia e assistência religiosa são mecanismos pelos quais o Exército, instituição ciosa de seu passado e tradições, procura conservar sua distinção do resto da sociedade.