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estrela Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Eta Carinae é uma estrela da constelação da Quilha, ou "Carina", em latim, que está a 7500 anos-luz da Terra. De tamanho muito grande (segundo a estimativa mais alta seu raio pode medir 0,9 unidades astronômicas), seu aspecto mais marcante é a variação de seu brilho em várias ordens de magnitude.
Eta Carinae | |
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Imagem do Telescópio Espacial Hubble mostrando Eta Carinae e a Nebulosa Homúnculo em volta da estrela. | |
Dados observacionais (J2000) | |
Constelação | Carina |
Asc. reta | 10h 45m 03,6s[1] |
Declinação | -59° 41′ 04,3″[1] |
Magnitude aparente | -0,8 a 7,9[2] 4,47 (fevereiro de 2011) [3] |
Características | |
Tipo espectral | WR pe |
Cor (U-B) | -0,45 |
Cor (B-V) | 0,61 |
Variabilidade | Variável azul luminosa[2] |
Astrometria | |
Velocidade radial | -25,0 km/s[1] |
Mov. próprio (AR) | -7,6 mas/a[1] |
Mov. próprio (DEC) | 1,0 mas/a[1] |
Detalhes | |
Massa | 100–150[4] M☉ |
Raio | 85–195 [5] R☉ |
Luminosidade | 5 × 106 L☉ |
Temperatura | 36 000–40 000 K |
Idade | <3 × 106 anos |
Outras denominações | |
HD 93308, HR 4210, CD-59 3306, SAO 238429 | |
Quando foi pela primeira vez catalogada em 1677 por Edmond Halley, era uma estrela de magnitude 4, mas em 1843, após uma erupção que ejetou uma nuvem de poeira 500 vezes maior que o sistema solar,[6] ficou mais brilhante, atingindo o brilho de Sirius, apesar de sua enorme distância. Depois disso (entre 1900 e 1940), a magnitude era apenas de 5. Em 2002, tinha magnitude 8, tendo repentinamente dobrado o seu brilho entre 1998 e 1999.
Tudo indica tratar-se de uma sistema binário de estrelas muito próximas uma da outra. A estrela de menor diâmetro é a mais quente (30 000 °C) e a outra com o triplo do diâmetro é mais fria (15 000 °C), mas duas vezes mais brilhante. Esse sistema estelar está envolto em densa nuvem de gases e poeiras, que forma uma nebulosa 400 vezes mais extensa do que o Sistema Solar, conhecida como a Nebulosa de Eta Carinae (ou NGC3372). A perda de luminosidade deve-se, possivelmente, à aproximação máxima entre as duas estrelas, o periastro, altura em que a estrela menor encobre quase metade da maior. A diminuição de brilho é equivalente a 20 vezes o brilho do Sol, mas brilhando como 4 a 5 milhões de sóis. O período de translação das estrelas (uma em relação à outra) é de 5,5 anos.
O que torna Eta Carinae especial é seu brilho muito instável e de forma extremamente rápida, devido à poeira e o encobrimento da estrela maior pela menor, ao contrário das outras estrelas visíveis. Em 1830, brilhava tanto quanto Sirius (a estrela mais brilhante). Atualmente, só é visível em locais muito escuros, sendo o seu brilho muito baixo; há meio século até era necessário um telescópio para a poder observar.[carece de fontes]
O astrônomo brasileiro Augusto Damineli, professor do IAG-USP, é um dos que afirmam que a estrela é uma variável pois a cada cinco anos e meio, segundo ele, acontece uma redução no seu brilho, já outros astrônomos não aceitavam essa teoria, no entanto, em 1997, ao ocorrer uma nova redução do brilho, o fenômeno foi confirmado. Em 2003, graças aos registros de mais de 50 especialistas apoiados nas observações de telescópios terrestres e em órbita, finalmente confirmou-se tratar-se mesmo de mais uma estrela variável do tipo SDOR - Estrelas de alta luminosidade binária, com variações entre 1 a 7 magnitudes, associadas e envoltas em material em expansão próprio das nebulosas.
Estrelas muito grandes como Eta Carinae esgotam seu combustível muito rapidamente devido à desproporcional alta luminosidade. Espera-se que Eta Carinae possa explodir como uma supernova ou hipernova dentro de algum tempo nos próximos milhões de anos.
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