A estação ferroviária de Muge é uma gare de caminhos de ferro da Linha de Vendas Novas, que serve a localidade de Muge, no concelho de Salvaterra de Magos, em Portugal.

Factos rápidos Muge, Localização na rede ...
Muge
Identificação: 80077 MUG (Muge)[1]
Denominação: Estação Satélite de Muge
Administração: Infraestruturas de Portugal (até 2020: centro;[2] após 2020: sul)[3]
Classificação: ES (estação satélite)[1]
Linha(s): Linha de Vendas Novas (PK 6+467)
Altitude: 20 m (a.n.m)
Coordenadas: 39°5′8.05″N × 8°43′9.92″W

(=+39.08557;−8.71942)

(mais mapas: 39° 05′ 08,05″ N, 8° 43′ 09,92″ O; IGeoE)
Município: Salvaterra de MagosSalvaterra de Magos
Serviços: sem serviços
Conexões:
Ligação a autocarros
Ligação a autocarros
902 926
Equipamentos: Acesso para pessoas de mobilidade reduzida
Inauguração: 15 de janeiro de 1904 (há 120 anos)
Encerramento: 1 de outubro de 2011 (há 12 anos)
Website:
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Descrição

Localização e acessos

Esta interface situa-se a sul da localidade nominal, distando do seu centro (igreja) mais de dois quilómetros, mormente via EN118.[4]

Infraestrutura

Esta interface apresenta apenas duas vias de circulação (I+IA e II), ambas com 512 m de extensão e cada uma acessível por plataformas com respetivamente 70 e 40 m de comprimento e com 685 e 300 mm de altura.[3] O edifício de passageiros situa-se do lado nordeste da via (lado esquerdo do sentido ascendente, para Vendas Novas).[5][6]

Situa-se junto a esta interface, ao PK 8+400, a zona neutra de Muge que isola os troços da rede alimentados respetivamente pelas subestações de tração de Xira e de Quinta Grande.[3]

História

Thumb
Estação de Muge, durante as obras de construção

Em Agosto de 1902, já se tinha determinado quais as estações e apeadeiros a construir no projecto da Linha de Vendas Novas, estando incluída a estação de Muge, ao PK 7 da linha.[7] Em Abril de 1903, as obras de construção desta interface já se encontravam quase concluídas,[8] esperando-se que fossem terminadas em Agosto.[9] A linha foi inaugurada em 15 de Janeiro de 1904,[10] pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses.[7]

Em 1913, a estação de Muge era servida por carreiras de diligências até Salvaterra de Magos e Benavente.[11]

Em 1934, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses realizou grandes obras de reparação na estação de Muge.[12]

Em Março de 1936, a circulação entre o Setil e Muge estava interrompida devido aos estragos produzidos por temporais, tendo-se realizado apenas alguns comboios entre esta estação e Vendas Novas, até a via ter sido consertada.[13]

Tal como as restantes interfaces da Linha de Vendas Novas, esta estação deixou de ter serviço de passageiros em 2005[14] e, após reabertura em 2009,[15] de novo em 2011.[16]

Em Janeiro de 2011, contava com duas vias de circulação, ambas com 518 m de comprimento, e duas plataformas, que tinham 62 e 40 cm de altura, e 30 e 45 m de extensão[17] — valores mais tarde[quando?] alterados para os atuais.[3]

Ligação proposta à Chamusca

Ver artigo principal: Linha da Chamusca

Desde os finais do século XX que a Câmara Municipal da Chamusca fez várias tentativas para a construção de um caminho de ferro que servisse a margem Sul do Tejo, passando por aquela localidade.[18] Após a queda da monarquia, surgiu o rumor que o Ministro do Fomento estava a pensar em reorganizar os planos para as ligações ferroviárias, pelo que a comissão administrativa do Município da Golegã consultou as câmaras desta região, tendo sido elaborado um traçado numa reunião no Entroncamento, que fazia a linha sair de Muge, e passar por Benfica, Almeirim, Alpiarça, Vale de Cavalos, Ulme, Chamusca, Pinheiro Grande e Golegã.[18]

Ver também

Referências

  1. OpenStreetMaps / GraphHopper. «Cálculo de distância rodoviária (39,08568; −8,71940 → 39,10540; −8,71146)». Consultado em 29 de junho de 2023: 2330 m: desnível acumulado de +9−15 m
  2. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  3. Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  4. «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 65 (1551). 1 de Agosto de 1951. p. 211. Consultado em 24 de Janeiro de 2015
  5. «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 16 (368). 16 de Abril de 1903. p. 136. Consultado em 24 de Janeiro de 2015
  6. «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (375). 1 de Agosto de 1903. p. 260. Consultado em 24 de Janeiro de 2015
  7. «Companhia Real» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 17 (426). 16 de Setembro de 1905. p. 283. Consultado em 24 de Janeiro de 2015
  8. «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 24 de Fevereiro de 2018
  9. «O que se fez nos Caminhos de Ferro Portugueses, durante o ano de 1934» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1130). 16 de Janeiro de 1935. p. 50-51. Consultado em 24 de Janeiro de 2015
  10. «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 48 (1157). 1 de Março de 1936. p. 148. Consultado em 24 de Janeiro de 2015
  11. Talixa, Jorge (22 de julho de 2009). «Câmaras e CP retomam comboios de Coruche». Público. Consultado em 11 de junho de 2019
  12. «A partir de 01 de Outubro - Supressão do serviço ferroviário entre Setil e Coruche». Comboios de Portugal. 1 de Setembro de 2011. Consultado em 2 de Dezembro de 2011. Arquivado do original em 2 de abril de 2015
  13. «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. pp. 71–85
  14. FONSECA, 2003:31-33

Bibliografia

Ligações externas

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