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Estados Unidos da África é um conceito proposto para uma federação de alguns ou de todos os 55 estados soberanos do continente africano. O conceito tem sua origem no poema de Marcus Garvey Hail, United States of Africa de 1924.[1][2][3]
A ideia de um Estado africano multinacional unificado tem sido comparada a vários impérios medievais africanos, incluindo o Império Etíope, o Império do Gana, o Império do Mali, o Império Songai, o Império do Benim, o Império de Canem e outros estados-nação históricos.[4] Durante o final do século XIX e início do século XX, a maioria das terras africanas era controlada por vários impérios europeus, com os britânicos controlando cerca de 30% da população africana em seu auge.[5]
O termo "Estados Unidos da África" foi mencionado primeiro por Marcus Garvey em seu poema Hail, United States of Africa [1] em 1924.
Em fevereiro de 2009, após ser eleito presidente da União Africana na Etiópia, Gaddafi declarou aos líderes africanos reunidos: "Vou continuar insistindo que nossos países soberanos trabalhem para alcançar os Estados Unidos da África." [6] A BBC informou que Gaddafi havia proposto "uma única força militar africana, uma moeda única e um passaporte único para os africanos movimentarem-se livremente pelo continente". Outros líderes africanos afirmaram que estudariam as implicações da proposta e a rediscutiriam em maio de 2009.[7]
O foco para o desenvolvimento dos Estados Unidos da África tem sido a construção de subdivisões da África - a proposta para uma Federação da África Oriental pode ser vista como um exemplo disso. O ex-presidente do Senegal Abdoulaye Wade indicou que os Estados Unidos da África poderiam existir a partir de 2017.[8] A União Africana, em contraste, estabeleceu a tarefa de construir uma África "unida e integrada" até 2025.[9] Gaddafi também indicou que a federação proposta poderia se estender até o oeste do Caribe: Haiti, Jamaica, República Dominicana e outras ilhas com uma grande diáspora africana puderiam ser convidadas a participar.[10]
Gaddafi também recebeu críticas por seu envolvimento no movimento e a falta de apoio para a ideia entre outros líderes africanos.[11] Uma semana antes da morte de Gaddafi durante a Guerra Civil Líbia de 2011, o presidente da África do Sul Jacob Zuma expressou alívio com a queda do regime, reclamando que Gaddafi estava "intimidando" muitos chefes de estado e de governo africanos em um esforço para ganhar influência em todo o continente e sugerindo que a União Africana funcionará melhor sem Gaddafi e suas repetidas propostas para um governo africano unitário.[12]
Gaddafi foi morto durante a Batalha de Sirte em outubro de 2011. Enquanto alguns consideraram que o projeto morreu com ele, Robert Mugabe manifestou interesse em reviver o projeto.[13] Entretanto, na sequência do golpe de Estado no Zimbabwe em 2017, Mugabe renunciou ao cargo de Presidente.[14]
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